A parceria da Funar com o Sebrae deve garantir aos pequenos agricultores de Terenos a possibilidade de gerenciar sua produção e melhorar as condições de vida de suas famílias. O ComSol (Comunidades Rurais Solidárias) foi apresentado hoje aos representantes de associações de pequenos agricultores de Terenos, que puderam fazer um levantamento dos principais problemas das áreas rurais.

Dificuldades na área da saúde, logística, transporte e comercialização foram os principais pontos levantados pelos representantes. O projeto deve ser levado a outros cinco municípios do Estado, através da parceria entre a Funar (Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural), Sebrae/MS (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresa de Mato Grosso do Sul) e Senar-AR/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) até maio desse ano.

Conforme explica a consultora e gestora de atendimento individual do Sebrae, Ana Augusta Santos, o ComSol vai disponibilizar técnicos que vão dar apoio a grupo de pequenos produtores na vertente de gestão, comercialização e produção. “O ComSol vai ajudar esse grupo a desenvolver planos de ação, planos de trabalho, de acordo com a vocação de cada comunidade”, explica.

A Funar tem a responsabilidade de selecionar os municípios devido às atividades dirigidas. Já o Sebrae/MS deve trabalhar as ferramentas gerenciais e agregar parcerias.

O consultor técnico da Funar, Sandro Mendonça, afirma que as entidades estarão coordenando os trabalhos e visitando os municípios de Nioaque, Ribas do Rio Pardo, Bataguassu, Glória de Dourados e Fátima do Sul. “Vamos estar nas regiões desenvolvimento os processos educacionais e também trabalhando para que as comunidades consigam desenvolver o projeto”, comenta.

Para o coordenador do projeto e técnico agrícola, Antonio Minari Jr., a primeira reunião no município serviu para levantar os gargalos e as oportunidades para esses pequenos agricultores. A lista do que foi levantado deve ser discutida com os associados dessas entidades de produtores e depois, no dia 14 de março, levadas novamente para uma discussão no ComSol. “Vamos fazer um trabalho em grupo, com uma visão estratégica. Levantamos problemas para 12 anos de trabalho, que não está restrito a Terenos. São problemas de grande porte. Vamos ter que fazer o trabalho formiguinha”, disse.

O gestor do projeto em Terenos, Rui Carlos Moraes Gomes, irá coletar dados para fornecer informações às entidades que são gestoras desse projeto, ou seja, a Funar, Senar e o Sebrae. “O pequeno e o médio produtor não tem quem o oriente. Essa proposta deve ser a espinha dorsal para a pequena e média produção agrícola”, finaliza.