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Energia: para evitar racionamento, Governo manda reduzir vazão de usinas
Baixo índice de chuvas pode gerar apagões nos estados
Para evitar possíveis apagões ou racionamento de energia em Mato Grosso do Sul e outros estados, o Ministério de Minas e Energia vai reduzir a vazão de duas hidrelétricas na Bacia do Paraná, sendo uma delas a Jupiá, entre Três Lagoas, Andradina e Castilho (SP).
Também sofre redução na vazão a Porto Primavera, entre Rosana (SP) e de Batayporã (MS). A decisão foi publicada em edição extra do DOU (Diário Oficial da União) na noite de sexta-feira, 11.
A portaria determina que a defluência mínima de Jupiá, da concessionária China Three Gorges Corporation Brasil reduza gradualmente. Ela deve atingir 2.300 metros cúbicos por segundo (m³/s) em 1º de julho; e a de Porto Primavera, da Cesp, a 2.700 m³/s na mesma data.
O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) publicou nota técnica na sexta-feira (4), informando que iria recomendar fluxos ainda menores para as usinas. Além de tentar tratativas para diminuir o impacto da crise hidrelétrica do país, que afeta o turismo, pescadores, fauna e meio ambiente.
Alerta de apagões
Com baixos índices de chuva em 2021, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Paraná podem passar por quedas de energia neste ano. O SNM (Sistema Nacional de Meteorologia) emitiu alerta de emergência hídrica para os estados.
O alerta foi publicado nesta quinta-feira (27) e destaca a “escassez de precipitação para a região hidrográfica da Bacia do Paraná”, que abrange MS e os estados citados. De acordo com estudos do SNM, as previsões são de que indicam que a partir de maio até final de setembro esta região entre no período com menor volume de chuvas. Ou seja, a estação de seca do ano.
O SNM é coordenado pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e Censipam (Centro Gestor
e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia). Então, o Sistema, junto com o Setor Elétrico Brasileiro, destaca que de junho a agosto deste ano a tendência é de que haja pouco volume de chuva na bacia do Rio Paraná. O alerta destaca ainda que “essa previsão é consistente com a de outros centros internacionais de previsão climática”.
A partir de fevereiro de 2021 foi registrado déficit de chuvas na região. Assim, o acumulado parcial é de 27 milímetros para a bacia, ou seja, abaixo do acumulado regular é de 98 milímetros. “A situação atual de déficit de precipitação é severa”, destaca o alerta.
A falta de chuva afeta diretamente o abastecimento de energia no Estado, que é feito por usinas hidrelétricas. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou ao Poder360 que o país vive a pior crise hídrica desde 1931.
“É primeira vez que o SNM emite um Alerta de Emergência Hídrica, o que reforça a importância das previsões meteorológicas na antecipação e na redução de riscos para a população”, destacou o Sistema. Com o aviso, estados podem se preparar para possível crise de energia.