Pelo menos 2.185 crianças de Mato Grosso do Sul, maiores de 7 anos, estão na fila a espera por uma bolsa do Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil). Para cada município foi destinada uma cota de benefícios, mas na maioria deles a procura foi muito maior que a quantidade definida pelo governo federal. Em Mato Grosso do Sul, o programa deixou de fora crianças de 41 municípios. Para atender completamente a demanda seriam necessárias mais 1.720 bolsas para área urbana e 465 para zona rural. No ano passado, o maior problema ocorreu em Aral Moreira, onde a procura foi 67% maior que a oferta. A cidade tinha a disposição 371 benefícios, mas 621 crianças se cadastraram para o Peti.
A fila de espera poderia ser maior, mas como três cidades não usaram toda a meta que tinham direito, o saldo positivo acabou remanejado para outros locais. Segundo números da Setas (Secretaria de Estado de Trabalho, Assistência Social e Economia Solidária), no total a demanda reprimida era 2.686 vagas e o saldo de apenas 501 bolsas. As cidades que devolveram benefícios foram Sidrolândia,Taquarussu e Deodápolis.