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Como poderá ser o rádio digital brasileiro

Alessandra Bastos/ABr - 01 de agosto de 2007 - 18:34

Brasília - O ministro das Comunicações, Hélio Costa, afirma que persiste a idéia da criação de um sistema híbrido de rádio digital no país. Seriam então adotados dois diferentes sistemas: o americano In Band on Chanel (Iboc), para as rádios AM e FM e o europeu, Digital Radio Mondiale (DRM), para as rádios de ondas curtas (OC). Isso porque nenhum dos dois sistemas contempla todas as freqüências. O americano não tem transmissão de ondas curtas e o europeu não transmite FM.

“Precisamos de AM, FM e OC e nenhum dos sistemas tem os três elementos. Eu entendo que o que vai acontecer é realmente uma proposta de um sistema híbrido. O mesmo ocorreu com a TV. O sistema europeu atende às TVs a cabo e o japonês as abertas”, compara Hélio Costa.

Ele anunciou hoje (1), após se reunir com o conselho consultivo, que o relatório do ministério, com a indicação dos sistemas que deverão ser adotados pelo Brasil será anunciado em 60 dias. Na reunião, foi estabelecido prazo de 30 dias para que as rádios AM e FM que já operam em caráter de testes entreguem seus relatórios finais com a análise do sistema. “Eles serão analisados pela Anatel [Agência Nacional de Telecomunicações] e pelo ministério, para serem incorporados no nosso relatório”. Apenas uma emissora de rádio já entregou à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) o relatório com os resultados dos testes realizados no padrão digital de transmissão.

Segundo o ministro, 21 rádios AM e FM já realizam os testes com o sistema americano. De acordo com a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) o número é menor: 16 rádios estão operando digitalmente. Essas empresas “já estão praticamente investindo na possibilidade que o modelo venha ser o americano. Se escolhermos pelo modelo americano, elas partem para comprar o transmissor. No espaço de um ano, as emissoras brasileiras deverão estar praticamente todas engajadas na transmissão digital”.

Em relação às ondas curtas, “estamos um pouquinho mais atrasados, porque ela não está sendo testada ainda em nenhum lugar do Brasil”, admite o ministro. As únicas emissoras que irão testar o sistema europeu Digital Radio Mondiale (DRM) em ondas curtas (OC) são a Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília (UnB) e a Radiobrás. Os testes ainda não começaram.

Em duas semanas termina o prazo de consulta pública realizado pela Anatel. “Temos que receber esses relatórios e terminarmos o período de consulta para que possamos fazer o nosso relatório. Em setembro já teremos condições de enviar a Casa Civil a proposta do ministério das Comunicações”, afirma.

A data para iniciar a transmissão digital será simbólica. “ É muito mais uma data que vai disparar o processo industrial porque elas [as rádios] já estão transmitindo digitalmente”. A partir do momento que o governo tomar a decisão, “as indústrias já disseram que, em quatro meses, têm condições de colocar o transmissor, em parte importado, em parte nacional, no mercado”, adianta Hélio Costa.

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