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Zelaya pode deixar amanhã Embaixada do Brasil em Honduras

Renata Giraldi, Agência Brasil - 26 de janeiro de 2010 - 16:25

Brasília - Há quatro meses abrigado na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, capital hondurenha, o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, prepara-se para deixar a sede da representação brasileira amanhã (27) rumo a Santo Domingo, capital da República Dominicana. Amanhã (27) toma posse o presidente eleito hondurenho, Porfírio “Pepe” Lobo. Um acordo entre “Pepe” Lobo e o presidente da República Dominicana, Leonel Fernández, deve permitir a saída de Zelaya.

Porém, as autoridades hondurenhas mantêm em segredo os detalhes sobre o acordo e a possível saída de Zelaya da embaixada. Os negociadores brasileiros acompanham a distância as articulações. O governo do Brasil não foi informado oficialmente sobre o acordo e a eventual saída do presidente deposto de sua representação. A ideia é que Zelaya e sua mulher sejam retirados da embaixada em um helicóptero e na companhia de Fernández. O casal é considerado “hóspede” do governo brasileiro, assim como os correligionários de Zelaya.

A interlocutores, Zelaya sinalizou que ficará apenas um período em Santo Domingo. O objetivo, segundo ele, é aguardar que “Pepe” Lobo estabeleça nos próximo dias um “acordo de reconciliação nacional”. Com isso, Zelaya poderia retornar a Honduras livre de riscos e de ameaças de opositores.

Na tarde de hoje (26) os congressistas hondurenhos debatem o conteúdo do decreto de anistia. O objetivo é perdoar todos os envolvidos no golpe de Estado – de 28 de junho de 2009 – que depôs Zelaya. Na ocasião, setores do Congresso Nacional, da Suprema Corte e das Forças Armadas coordenaram a ação e o então chefe do Legislativo, Roberto Micheletti, assumiu a presidência do país.

O governo brasileiro rechaçou o golpe, não reconhece o comando de Micheletti nem legitima a eleição de “Pepe” Lobo. Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus assessores, Zelaya teria de ser reconduzido ao poder e transmitir o cargo a “Pepe” Lobo. As autoridades brasileiras também levantam dúvidas sobre o ambiente político em que foram realizadas as eleições de novembro – quando “Pepe” Lobo saiu vitorioso.

Hoje (26) a Anistia Internacional apelou ao presidente eleito para que investigue os abusos cometidos durante o golpe de Estado. De acordo com o organismo, houve violência sexual contra crianças e mulheres, espancamentos e ameaças de intimidação a autoridades

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