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Geral

Zeca e Delcídio discutem impactos da crise e eleições

Fabiana Silvestre / Campo Grande News - 30 de agosto de 2005 - 16:16

Impactos da crise política, eleições 2006 e os projetos para Mato Grosso do Sul que dependem do aval da União. Este foi o cardápio do almoço entre o governador Zeca do PT e o senador Delcídio Amaral (PT-MS), nesta terça-feira, em Brasília. Durante cerca de uma hora, os dois principais expoentes do partido no Estado evitaram questões pontuais e, em clima de total descontração, falaram de forma genérica sobre os assuntos que afligem a sigla, em âmbito federal e estadual.

“Fazia tempo que os dois não se encontravam. Foi o momento de colocar os assuntos em dia”, afirma o secretário extraordinário de Representação e Articulação Institucional, Rodrigo Terra. Segundo ele, foram tratadas as articulações políticas para garantir a instalação da fábrica da International Paper em Três Lagoas e a liberação dos recursos do Ipemat (Instituto de Previdência de Mato Grosso) a que Mato Grosso do Sul tem direito. Conforme o Governo do Estado, o montante chega a R$ 640 milhões.

O encontro entre o governador e o senador e pré-candidato petista ao Governo do Estado em 2006 serviu ainda para aparar qualquer aresta que, por ventura, tenha perdurado entre os dois.

O mal-estar começou quando o então candidato do Campo Majoritário do PT, Ben-Hur Ferreira, renunciou à disputa dizendo que o partido não tinha projeto para continuar no poder no Estado e que “setores importantes” do partido estariam “flertando” com o PMDB com vistas às eleições. Tida até então como “boato”, a afirmação de Ferreira foi confirmada posteriormente pelo deputado federal Antônio Carlos Biffi e pelo próprio senador Delcídio Amaral, mas foi rechaçada por Zeca, que classifica a hipótese como especulação. Segundo o governador, nenhum petista foi apontado oficialmente como “andrezista” – alusão aos que estariam confabulando com os rivais históricos em MS.

Soma-se a esse quadro o fato de Amaral estar sendo assediado para retornar ao ninho tucano – de onde saiu para se filiar ao PT – e o “desencontro de agendas” no início deste mês, quando Zeca almoçou com o presidente Lula em Brasília. Amaral disse não ter sido chamado para o encontro, o que foi negado pelo governador.

O secretário Rodrigo Terra reafirma a explicação do “desencontro de agendas” e disse que a ausência de Amaral não foi “proposital”.

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