O governador Zeca do PT admitiu hoje que aceitaria uma coligação de seu partido com o PMDB em Mato Grosso do Sul na disputa das eleições em 2006. O governador, que tem no ex-prefeito de Campo Grande André Puccinelli, como seu principal opositor e adversário político, afirmou que a coligação não seria com Puccinelli, mas com o PMDB. Essa hipótese foi levantada pelo governador ao ser questionado sobre a verticalização partidária. “Vamos ter que acompanhar as alianças”, afirmou Zeca do PT ao cogitar que a verticalização será mantida. Puccinelli já se anuncia pré-candidato ao governo do Estado pelo PMDB. Já o PT tenta emplacar o nome do senador Delcídio do Amaral.
Os argumentos de Zeca do PT foram reforçados com a declaração do governador de São Paulo (PSDB) Geraldo Alckmin que disse, em entrevista ao Bom Dia MS da TV Morena, que seria precipitada uma aliança entre PMDB e PSDB em Mato Grosso do Sul, já que em nível nacional os partidos seguem caminhos opostos. Zeca disse que assiste essa confusão na platéia.
O governador é a favor da manutenção da verticalização, o que na opinião dele impõe coerência às coligações. Por isso, segundo ele, os partidos, incluindo o PT, vão ter que dar um jeito de acomodar as alianças. Neste caso, o PSDB e o PLF, conforme Zeca, terão que lançar candidatos próprios aos cargos majoritários. “Quem quer ser candidato majoritário não deve escolher nem campo, nem adversários”, argumentou Zeca citando como exemplo o jogo do Grêmio, na série B do Campeonato Brasileiro de Futebol, que mesmo com sete jogadores em campo foi vitorioso e subiu para a série A.
Zeca do PT afirmou também que continua conversando com partidos aliados para manter alianças que, segundo ele, foi fundamental para o governo.