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Econômica ou Política: Qual das crises é maior?

Manoel Afonso - 19 de maio de 2015 - 09:22

Se a maior rede de móveis e eletrodomésticos do país dispensou em Campo Grande a metade dos seus montadores; se o Governo Estadual avisou que não tem condições de atender as reivindicações salariais de funcionários, é sinal de que a crise já chegou.


No caso de nosso Estado, a economia ainda é ajudada pelo dinheiro da boa safra e pelos ganhos notáveis na pecuária. A maioria do dinheiro circulante vem destas duas fontes. Mas quando acabar o dinheiro da ‘safra do bezerro’ neste final de mês e da safrinha do milho, entraremos num segundo semestre de doer.


Não é difícil perceber a extensão desta crise; as placas de vendas e aluguel aumentaram e todos os segmentos comerciais vivenciam queda no faturamento que desaguará nas inevitáveis demissões. Aliás, o custo do dinheiro nunca esteve tão alto. Os juros do cartão de crédito e do cheque especial – pela hora da morte!


Mas o fim da magia da bonança chegou também ao Governo Federal. Se antes tudo era otimismo e que o pessimismo era apenas ‘discurso de derrotados’, basta ler o projeto do ‘Ajuste Fiscal’ para perceber a profundidade do buraco. Além de cortar dinheiro dos investimentos, diminuirá os recursos de áreas importantes para a vida da população, como saúde, segurança e transportes.


A posição do Governo tem sido tão radical que no episódio das aposentadorias acabou sendo criticado até por vários segmentos do PT. O noticiário mostra que o ex-presidente Lula foi chamado para tentar evitar rebeliões e debandadas de algumas lideranças expressivas do partido. Pelo visto, sem sucesso.


Para complicar de vez o quadro governista, as rebeliões de Eduardo Cunha e Renan Calheiros tem desestabilizado de vez o Planalto. Aliados tradicionais, resolveram impor suas regras impondo derrotas humilhantes ao Planalto e com consequências eleitorais previsíveis para o pleito de 2016.


E neste cenário pouco animador para os governistas, há o incômodo diuturno da ‘Lava Jato’, que já atingiu figuras bem próximas ao Planalto e ao PT e que tem merecido espaço diário na mídia. É inegável que essas prisões de empreiteiros e políticos tem aumentado a tensão na cúpula do governo. O clima cada vez mais pesado.
O Governo está fragilizado, sem discurso. O evento de 1º de Maio mostrou isso. Mesmo com a oposição fraca, o Planalto não consegue se reinventar.


Se não há como separar a política da economia, o estoque de mágicas petistas chegou ao final. Luzes acesas; acabou o doce filme de ficção.


De leve...

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