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Você conhece o sistema de Aprendizagem Baseada em Problemas?

Por Mariana Brizotto - 24 de setembro de 2013 - 14:22

Nos dias atuais, as organizações são desafiadas a lidar com as necessidades e ânsias das pessoas, sejam elas clientes, parceiros ou mesmo a sua própria equipe. Para atingir o sucesso, as organizações buscam profissionais engajados e capazes de colocar em prática as competências essenciais para o negócio. Por isso, independente de que porte sejam, as organizações investem fortemente em iniciativas de formação e desenvolvimento, que têm como objetivo incentivar e estimular cada um de seus profissionais a atuarem como equipe na busca das soluções para problemas.

Uma das estratégias utilizadas atualmente para garantir bons resultados em equipes corporativas é a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP). Essa metodologia surgiu entre o final da década de 60 e início da década de 70, na Faculdade de Medicina da Universidade de McMaster, no Canadá, e Universidade de Maastricht, na Holanda. Com o tempo, difundiu-se para outras áreas do saber, como arquitetura, engenharia, direito, administração e negócios.

A ABP apresenta algumas características que representam vantagens consideráveis para a educação corporativa, tais como impulsionar o pensamento crítico, estimular a criatividade, gerar motivação, fomentar a capacidade de análise e decisão e, desenvolver as capacidades e competências de trabalhar em grupo e sob pressão (gestão de estresse).

Evidências indicam que a participação ativa é mais efetiva do que a transferência de informações para os profissionais por meio dos métodos convencionais. Utilizando a metodologia ABP, o profissional é desafiado a pesquisar, refletir, dar significado e desenvolver a abordagem para a solução de problemas específicos, reais e/ou fictícios, que necessariamente fazem parte do seu dia a dia de trabalho e irão trazer resultados e atingir os objetivos propostos. A discussão de um problema, em pequenos grupos, promove a conexão de ideias e favorece a cooperação, ao invés da competição.

Além disso, outro ponto importante refere-se ao público-alvo da capacitação e do desenvolvimento de profissionais por meio da ABP na educação corporativa. Ao falarmos de profissionais, estamos tratando da aprendizagem de adultos e, nesse processo, podemos salientar alguns fatores que devem ser considerados:

Necessidade de aprender: antes mesmo de começar a aprender, os adultos precisam entender qual é a necessidade de conhecer aquele determinado conteúdo. Por isso, a primeira tarefa é mostrar e ajudá-lo a se conscientizar da necessidade do saber.

Autonomia: os adultos têm autonomia para tomar suas próprias decisões. Dessa forma, desenvolvem uma profunda necessidade psicológica de serem vistos e tratados pelos outros como capazes de se autodirigir.

Experiência: os adultos acumulam experiências e o seu aprendizado acontece com base no que já foi vivido.

Predisposição para aprender: para se capacitarem para enfrentar as situações da vida real, os profissionais têm predisposição para aprender aquilo que devem e precisam.

Orientação para aprendizagem: os adultos são motivados a aprender conforme percebem que a aprendizagem ajudará a executar tarefas ou lidar com problemas que vivenciam em sua vida.

Motivação: Os adultos são sensíveis a fatores motivacionais externos (melhores empregos, promoções, salários mais altos), porém, os fatores motivacionais mais poderosos são as pressões internas (o desejo de ter maior satisfação no trabalho, autoestima, qualidade de vida).

A ABP vem ao encontro do momento em que vivemos hoje: a era da inovação. Pensando nisso, a SOU, empresa focada em serviços de educação corporativa para o desenvolvimento de pessoas, desenvolve projetos educacionais que proporcionam a capacitação e o engajamento de profissionais de diversas áreas, alinhadas às estratégias das organizações.

Podemos citar como exemplo um case de curso on-line feito para uma indústria do segmento de pneus, que apresenta um exemplo de atendimento no ponto de vendas e propõe que o profissional analise a situação e tome as melhores decisões. O final da história depende totalmente das decisões que ele tomou, ou seja, das respostas escolhidas nos momentos de interação. Com isso, instigamos o aluno a fazer uma autorreflexão sobre as suas escolhas.

Podemos citar também, cases de cursos desenvolvidos para uma empresa de produtos farmacêuticos, os quais têm a missão de capacitar os profissionais para a utilização de produtos que desobstruem artérias do coração. Esses cursos são fundamentais para que tanto os representantes quanto os profissionais de medicina compreendam a importância da implantação correta desses produtos, afinal, em situações reais, um simples erro pode gerar consequências indesejadas.

Destaco que existem várias outras abordagens que também são muito importantes para objetivos de ensino e aprendizagem em educação corporativa. O essencial é que as organizações compreendam a importância de cada uma das metodologias e dos recursos para incentivarem e capacitarem os seus profissionais a desenvolverem suas principais aptidões. Afinal, profissionais bem capacitados e engajados, conquistam resultados positivos em menor tempo.

Mariana Brizotto é graduada em publicidade e propaganda e é designer educacional da SOU Educação Corporativa.

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