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Você aí - preparado para a crise?

Manoel Afonso - 08 de julho de 2015 - 07:37

Você aí - preparado para a crise?

Um amigo indaga ironizando: “será que vamos repetir a inflação do Sarney?” Percebi a intenção dele, mas fiz questão de explicar-lhe que a situação é bem diferente daquela vivida na década de 90, onde a inflação bateu 800% anuais, contra os atuais 9% .


Evidente que o brasileiro exagera em tudo, mas não há clima para se retomar alguns hábitos - como por exemplo - de se correr as compras como se estivéssemos próximos de uma hecatombe de proporções cinematográficas.


E falando sério - além do mais, o pessoal não tem dinheiro disponível, sofre com a alta dos preços dos serviços, grande parte da população está endividada e sob risco de perder o emprego na iniciativa privada. O noticiário do dia a dia é um bom termômetro para se aferir a real situação e assim ter um prognóstico razoável do que vem por aí.


É inegável que a indústria está demitindo e o comércio por extensão já aplica o mesmo remédio por conta da queda das vendas contrastando com o chamado ‘custo Brasil’. Quem abusou do crédito e exagerou nas compras vai ter dificuldades para quitar em dia a prestação do carro, moto ou dos eletrodomésticos. Tudo é proporcional ao sonho de consumo: tem gente que se enrola por R$500,00 e outros por R$1 milhão e assim por diante.


Para quem tem os pés no chão não é hora de inventar moda. É bom começar em casa ‘vigiando’ as luzes acesas da casa; reduzindo o consumo de água, telefone e cortando gastos supérfluos – além de rever os hábitos pessoais. Além do mais, ‘aquela viagem’ por exemplo , pode esperar – dependendo da receita mensal da família.


A gente sabe que cada caso é um caso, mas em se tratando de economia o efeito dominó está sempre presente. Quem não recebe não paga e essa fila se alonga naturalmente pelas mais diferentes classes sociais. Apenas uma minoria da população se mantém incólume e segura no meio da tempestade econômica.


Longe de ‘terrorizar’ o quadro, a recomendação é no sentido de se adotar o equilíbrio, o juízo nas contas pessoais. Evidente que o Brasil não é a Grécia, um exemplo irresponsável a ser evitado.


Se não temos a sabedoria do grego Péricles, vamos adotar a filosofia do Lúdio Coelho, ‘de só gastar o que temos’. É simples, sem ‘economês’, mas funciona. De leve...

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