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Vizinhos do Paulistão viveram momentos de pânico
A vizinha me ligou e disse que estava pegando fogo no Paulistão. Minhas pernas tremiam. Fiquei muito nervosa. Assim, Janete Dantas de Araújo, proprietária de um comércio próximo a loja Paulistão, que pegou fogo na noite de sábado (11 de agosto), na área central de Campo Grande, resumiu os momentos de pânico. O bombeiro me deu água, me acalmou, disse.
Assim como ela, todos os comerciantes e moradores próximos viveram momentos de pânico. O medo era perder o que haviam construído, e também a vida.
Ela dormia no ateliê de roupas de noivas quando o fogo começou e só acordou com o telefonema da vizinha. Para Janete e outros vizinhos do comércio que ficou totalmente destruído foram momentos de pânico. Se caísse uma faisquinha já queimava minha casa, disse emocionada a cabeleleira Maria Luísa Alves da Silva, 60 anos.
O salão onde Maria Luiza ministra aulas e atende os clientes fica ao lado da loja. A casa dela, nos fundos. Quando o fogo começou, ela estava dando aula e havia vários alunos. Todos saíram desesperados do salão, que está sendo usado como entrada para o prédio destruído.
O comerciante Eujechio de Oliveira Ventura, ficou sabendo do incêndio por um vizinho. A loja dele é encostada ao Paulistão, mas não foi atingida pelas chamas. Ao chegar no local, não pode entrar no comércio por conta dos riscos, mas ajudou na remoção de vizinhos.
Dificuldades - Assim como o engenheiro civil Cláudio Anache, Ventura apontou dificuldades no trabalho do Corpo de Bombeiros. Os bombeiros não tinham escada magirus e havia escassez de água.
Riscos Maria Luiza e demais comerciantes da região ainda não sabem se terão que fechar as portas por conta de riscos de desabamento. Eles aguardam vistoria da Defesa Civil.