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Vendedora pedalou até o sucesso, e hoje é dona de loja de lingerie

Correio do Estado/ Osvaldo Junior - 28 de abril de 2013 - 09:15

Na velha bicicleta Gênova, já um pouco enferrujada, pode-se ler: “pedalando”. O verbo e o gerúndio caem bem para a história de Jac Cele Rodrigues, que iniciou seu negócio aos poucos e continuamente – na cadência de pedaladas sucessivas. Hoje, ela é dona de uma loja de lingeries em Campo Grande, que emprega 14 pessoas e atende, em média, mil clientes por mês.

Jac Cele começou seu negócio como muitos empreendedores: trabalhando sozinha e encarando, num misto de incerteza e determinação, as barreiras comuns de empreendimentos que dão seus primeiros passos. No caso de Jac é mais apropriado dizer “primeiras pedaladas”. Ainda adolescente, com 12 anos, Jac se mudou com a família de Olhos D’água, na Bahia, para Campo Grande. Aos 16, entrou no mercado de trabalho como atendente de uma loja de roupas. No local, teve as primeiras lições de vendas e, em cinco anos, iniciou o próprio negócio.

A bicicleta vermelha, hoje com as correntes e o aro enferrujados e o selim rasgado, foi companheira no começo do empreendimento. Montada nela, Jac andava pelos bairros da saída de Cuiabá, onde morava, oferecendo, de casa em casa, as roupas, que comprava em São Paulo e na Bolívia. “Era uma sacolona enorme. O mais difícil era pedalar nas subidas e nas ruas sem asfalto”, conta.

O esforço físico, o pouco dinheiro, a incerteza, somados à necessidade de viajar constantemente e ficar longe do marido e da filha de sete anos, pesaram e Jac jogou a toalha. Foi, no entanto, mais pausa que desistência: ela trabalhou como empregada apenas por dois meses.

Depois de pedir demissão do emprego, Jac resolveu investir pesado no setor de roupas, focando o comércio de lingeries. Com apoio do marido, vendeu o velho Palio da família para montar a loja. Só com mercadorias, ela gastou, de uma vez, pouco mais de R$ 3 mil. “Todo canto da casa tinha calcinhas, sutiãs”, lembra-se.

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