Geral
Vazamento de informações sempre há, diz ministro
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), da Presidência da República, general Jorge Armando Félix, comentou ontem que pessoas ou grupos estariam interessados em difundir a idéia de espionagem dentro do Palácio do Planalto. Às vezes a pessoa cria uma teoria e coloca esses fatos para justificar a
teoria, disse o general, em referência à matéria publicada na semana passada pela revista Veja e que provocou a abertura de uma sindicância dentro da GSI e da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). A sindicância vai analisar se há um envolvimento de pessoas e parece que há na tentativa de difundir essa idéia, completou.
Para o ministro, o envolvimento dessas pessoas fica claro quando elas serviram de fonte para a elaboração da matéria. Existem pessoas que declararam e passaram informações a jornalistas. Isso caracteriza o envolvimento. Vamos ver agora se o conjunto de fatos retrata aquilo que o
jornalista tentou caracterizar na reportagem ou não.
O general, que participou neste domingo, em Brasília, da IV Corrida pela Vida, disse que a investigação, que está em estágio preliminar, pretende associar o vazamento de
informações por pessoas de dentro da GSI e da Abin com aquilo que é o teor da reportagem, ou seja, se o vazamento corresponde mesmo a um trabalho de espionagem. Vazamento sempre há, sempre houve e sempre haverá, disse o general. Temos que verificar se realmente
essas coisas estão acontecendo, se existe mesmo algum espião e se pode efetivamente ser chamado de espião ou se é um vazamento normal, ressaltou.