O promotor de Justiça de Cassilândia Ronaldo Vieira Francisco disse esta manhã, em entrevista coletiva esta manhã, veiculada pela Rádio Patriarca, que o montante desviado da prefeitura de Cassilândia pode chegar “aos milhões”.

Segundo ele, os R$ 584 mil apreendidos ontem na Operação Judas são dinheiro “desviado dos recursos do próprio município”. Ele disse, porém, que a documentação apreendida na Prefeitura vai mostrar a origem do dinheiro, cheques e notas promissórias.

As investigações envolvem uma força tarefa composta por três promotores de Justiça e quatro delegados de polícia. Cauteloso, o promotor disse que não poderia afirmar neste momento se há indícios de envolvimento do prefeito Donizeth de Freitas no esquema ou se ele chamado a depor. “Neste momento nada é conclusivo. A gente tem que fazer análises do que colheu até agora”,afirmou.

Sobre retenção de bens dos servidores que foram presos, ressaltou que um dos efeitos de eventual condenação criminal seria a perda de bens adquiridos ilicitamente, para reembolsar os cofres públicos. O enquadramento pode ser em artigos de peculato, concussão e até mesmo formação de quadrilha. O MPE investiga se há empresas envolvidas no caso.

O cumprimento dos mandados de busca e apreensão e prisões envolveu Ministério Público, Polícia Militar, Polícia Civil. Foram presos Luceni Quintina Correia, Eugênio Luiz Azambuja, Ana Regina Arantes, Ivete Vargas de Souza e Waldimiro José Cotrim Moreira. O dinheiro e cheques apreendidos estavam na casa de Luceni. A possibilidade de prorrogação da prisão temporária deve ser analisada hoje à tarde pela justiça.