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Três Lagoas: Engenheiro fala sobre acidente com avião
Álvaro Aparecido Martins teve apenas ferimentos leves e uma fissura na perna, mas garante: "Assim que tirar a tala, vou pilotar de novo"Laura MassunariSérgio Senobre
Foto antiga do avião Embraer 710, com o qual Álvaro sofreu o acidenteEm entrevista ao jornal Hojems, na tarde desta sexta-feira (23), o engenheiro civil Álvaro Aparecido Martins, 52 anos, pronunciou-se pela primeira vez sobre o acidente aéreo ocorrido no último sábado (17), em sua propriedade a Fazenda Jaozinho, na BR 158.
De acordo com o relato de Álvaro, por volta das 10 horas de sábado, ele pilotava o avião Embraer 710, com capacidade para quatro passageiros. No momento da decolagem, no entanto, ele estava sozinho. Ia levá-lo até o aeroporto de Três Lagoas, para lavar o avião e trazê-lo de volta para a fazenda. No momento da decolagem, houve uma turbulência. Um vento descendente na cabeceira da pista da fazenda empurrou o avião para baixo. Iniciei o processo de recuperação da aeronave, mas o avião embarrigou e bateu com uma asa na cerca, fez um giro de 90 graus voando e caiu no chão. Foi quase um pouso forçado, relatou o engenheiro sobre o acontecido.
Da maneira como a aeronave veio ao chão, não houve dificuldades para que os amigos e funcionários que estavam com Álvaro na fazenda o retirassem de dentro do avião e o encaminhassem até o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, onde permaneceu apenas uma noite em observação. O engenheiro teve apenas ferimentos leves no rosto e uma fissura na perna esquerda, que foi imobilizada.
É um avião para viagens comerciais de todo tipo. Não há como precisar as avarias sofridas, se foram muitas ou poucas, mesmo porque as aeronaves são construídas por módulos, esclarece. A pista da fazenda é homologada; Álvaro pilota desde 1973. E assim que eu tirar a tala, vou pilotar de novo, diz.
Logo após o acidente, a Aeronáutica foi automaticamente comunicada. Foi aberto procedimento investigatório, já concluído, e o avião já foi liberado para conserto. Segundo a própria Aeronáutica, no mesmo dia, houve três acidentes em lugares diferentes. É normal que esse tipo de ocorrência aconteça, enfatiza o engenheiro.
O que nos assustou foi o alarde exagerado sobre um acontecimento normal. Quando o avião desceu, fiz todos os procedimentos de segurança necessários, para que não houvesse risco de explosão. O Corpo de Bombeiros foi acionado por terceiros, mas não precisaram fazer nada no momento do acontecido. A polícia foi comunicada da ocorrência. Mas resolvemos falar em agradecimento ao profissionalismo do jornal, que respeitou o momento delicado vivido pela família, sem fazer alardes, finalizou Martins