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Três Lagoas: Engenheiro fala sobre acidente com avião

Hoje MS - 24 de outubro de 2009 - 05:39

Álvaro Aparecido Martins teve apenas ferimentos leves e uma fissura na perna, mas garante: "Assim que tirar a tala, vou pilotar de novo"Laura MassunariSérgio Senobre

Foto antiga do avião Embraer 710, com o qual Álvaro sofreu o acidenteEm entrevista ao jornal Hojems, na tarde desta sexta-feira (23), o engenheiro civil Álvaro Aparecido Martins, 52 anos, pronunciou-se pela primeira vez sobre o acidente aéreo ocorrido no último sábado (17), em sua propriedade – a Fazenda Jaozinho, na BR 158.

De acordo com o relato de Álvaro, por volta das 10 horas de sábado, ele pilotava o avião Embraer 710, com capacidade para quatro passageiros. No momento da decolagem, no entanto, ele estava sozinho. “Ia levá-lo até o aeroporto de Três Lagoas, para lavar o avião e trazê-lo de volta para a fazenda. No momento da decolagem, houve uma turbulência. Um vento descendente na cabeceira da pista da fazenda empurrou o avião para baixo. Iniciei o processo de recuperação da aeronave, mas o avião embarrigou e bateu com uma asa na cerca, fez um giro de 90 graus voando e caiu no chão. Foi quase um pouso forçado”, relatou o engenheiro sobre o acontecido.

Da maneira como a aeronave veio ao chão, não houve dificuldades para que os amigos e funcionários que estavam com Álvaro na fazenda o retirassem de dentro do avião e o encaminhassem até o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, onde permaneceu apenas uma noite em observação. O engenheiro teve apenas ferimentos leves no rosto e uma fissura na perna esquerda, que foi imobilizada.

“É um avião para viagens comerciais de todo tipo. Não há como precisar as avarias sofridas, se foram muitas ou poucas, mesmo porque as aeronaves são construídas por módulos”, esclarece. A pista da fazenda é homologada; Álvaro pilota desde 1973. “E assim que eu tirar a tala, vou pilotar de novo”, diz.

Logo após o acidente, a Aeronáutica foi automaticamente comunicada. “Foi aberto procedimento investigatório, já concluído, e o avião já foi liberado para conserto. Segundo a própria Aeronáutica, no mesmo dia, houve três acidentes em lugares diferentes. É normal que esse tipo de ocorrência aconteça”, enfatiza o engenheiro.

“O que nos assustou foi o alarde exagerado sobre um acontecimento normal. Quando o avião desceu, fiz todos os procedimentos de segurança necessários, para que não houvesse risco de explosão. O Corpo de Bombeiros foi acionado por terceiros, mas não precisaram fazer nada no momento do acontecido. A polícia foi comunicada da ocorrência. Mas resolvemos falar em agradecimento ao profissionalismo do jornal, que respeitou o momento delicado vivido pela família, sem fazer alardes”, finalizou Martins

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