O TRE/MS (Tribunal Regional Eleitoral) solicitou a presença de forças federais de segurança para as eleições em Dourados. O pedido será encaminhado ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que por sua vez aciona o Ministério da Justiça.

De acordo com o advogado Ary Raghiant Neto, membro do Pleno do TRE/MS, o reforço na segurança foi requerido pelos dois juízes eleitorais de Dourados. “Eles justificaram que o pedido é necessário para garantir as eleições. É de conhecimento público que a população está muito revoltada”, afirma.

Segundo maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul, Dourados enfrenta um furacão político após operação da PF (Polícia Federal), que revelou esquema de pagamento de propina envolvendo o prefeito Ari Artuzi (sem partido), o vice Carlinhos Cantor (DEM) e de 11 dos 12 vereadores da cidade.

Artuzi, que está preso em Campo Grande desde primeiro de setembro, acabou expulso do PDT e afastado do cargo de prefeito. O juiz Eduardo Machado Rocha assumiu a prefeitura de forma interina.

Após a Operação Uragano (furacão em italiano), a população protesta na Câmara Municipal. Na semana passada, o prédio da Câmara foi depredado por uma população enfurecida e a primeira tentativa de reunir os vereadores foi interrompida por uma sapatada no vereador Aurélio Bonatto (PDT).

Na última eleição, em 2008, Dourados também contou com reforço do Exército.