Além de Dourados, o TRE/MS (Tribunal Regional Eleitoral) aprovou a participação do Exército em mais três cidades do Estado no dia das eleições. Conforme resolução do tribunal, os pedidos dos juízes eleitorais de Aquidauana, Bela Vista e Miranda foram aceitos porque as “animosidades políticas estão ultrapassando o estado de normalidade do processo político-eleitoral”.

Agora, os pedidos serão encaminhados ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a quem cabe acionar o Ministério da Defesa. No Estado, o fato mais grave foi registrado em Bela Vista. Em agosto, o vereador e radialista Flávio Roberto Godoy (PDT), o “Ratinho”, foi assassinado com sete tiros após um comício. Ele era candidato à reeleição. O juiz responsável pelo caso sofreu ameaças de morte e abandonou o processo.

Em Aquidauana, no último dia 18, um incêndio criminoso foi registrado em dois veículos – um Fiat Uno e uma moto – que estavam no comitê do candidato Odilon Ribeiro (PDT). O candidato classificou o ato como atentado político. Conforme o juiz eleitoral Aldo Ferreira da Silva Júnior, a presença do Exército nas ruas é para evitar o aumento da tensão entre os grupos políticos.

Na cidade de Dourados, o juiz eleitoral José Carlos de Souza quer que os homens do Exército inibam crimes, garantam segurança ao eleitor e acionem outras forças policiais ao presenciar atos ilícitos relacionados à eleição. Conforme o magistrado, “existem notícias de que os candidatos vão despejar dinheiro na cidade, tentando comprar votos”.