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Telefone e energia pressionam inflação no ano, diz IBGE

Dourados News - 08 de outubro de 2004 - 14:09

As tarifas de telefonia e energia foram os principais itens a pressionar o índice oficial de inflação no ano. De janeiro a setembro, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acumula alta de 5,49%, apenas 0,01 ponto percentual abaixo da meta de inflação para o ano, de 5,5%. O Banco Central adota, no entanto, uma margem de tolerância de 2,5 pontos percentuais para cima ou para baixo.

No ano, a conta de telefone já subiu 10,70%, o que representa uma contribuição de 0,35 ponto percentual no índice. A energia elétrica teve aumentos de 9,66% de janeiro a setembro e lidera o ranking de influência no índice com 0,44 ponto percentual de contribuição.

A maior contribuição individual para a inflação em setembro pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), de 0,10 ponto percentual, foi o reajuste do telefone fixo. Em média, o telefone teve um reajuste de 3,13% em setembro, em agosto o aumento foi de 0,62%. O IPCA ficou em 0,33% em setembro.

O aumento de setembro se deve à atualização das tarifas do ano passado. Elas foram reajustadas pelo IPCA, que teve variação menor, mas deveriam ter sido atualizadas pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna). A segunda parcela do reajuste deverá ser feita em novembro.

A energia elétrica subiu 0,34% em setembro, com influência do aumento de 20% em Goiânia.

Segundo a gerente do Sistema de Índices de Preços do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Eulina Nunes dos Santos, para se ter uma idéia do impacto dos dois itens isolados, o grupo Alimentos reúne cerca de 200 produtos. Com aumento de apenas 3,44% no ano, o grupo contribuiu 0,81 ponto percentual no índice.

Outro foco de pressão no IPCA é o repasse dos aumentos do aço e das resinas plásticas. Os automóveis novos subiram 0,88%, ante uma alta de 0,60% em agosto. Os acessórios e peças para veículos avançaram 2,78%, no mês anterior o aumento foi de 1,73%.

A deflação nos alimentos e a desaceleração dos combustíveis contribuíram para que a inflação recuasse de 0,69% em agosto para 0,33% em setembro pelo IPCA. Em agosto, os alimentos subiram 0,85%. "Além das condições climáticas favoráveis em setembro, o dólar vem ajudando a não impactar produtos cotados no mercado internacional, como o óleo de soja, a cana-de-açúcar e a farinha de trigo", disse.

Em agosto, influenciado pelo aumento da cana-de-açúcar, o álcool teve a maior contribuição isolada no índice com um aumento de 11,49%. Em desaceleração, no mês passado o item subiu 1,21%. A gasolina misturada com álcool caiu 0,70% ante uma alta de 1,64% em agosto.

Para outubro, o IBGE não estima aumentos significativos dos preços administrados, mas deverão haver resíduos dos reajustes de energia em Goiânia, de água e esgoto em São Paulo e de telefonia fixa.


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