Terminou sem definição a reunião entre técnicos do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), o Superintendente Federal de Agricultura José Antônio Felício e funcionários tanto da Iagro (Agência Sanitária Animal e Vegetal) como da SFA para interpretar o resultado de sorologia feita com base em 2,5 mil animais de 68 propriedades de Eldorado, Mundo Novo e Japorã, onde ocorreram focos de febre aftosa em outubro do ano passado.

O secretário de Produção e presidente da Iagro, João Cavalléro, que participou da parte final da reunião disse que apesar de parte dos resultados da amostragem terem sido reagentes, Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) e Estado não chegaram a uma conclusão sobre a existência de Febre Aftosa na região. Isto porque alguns animais teriam sido vacinados indevidamente. “A interferência externa, que é a vacinação, interfere no resultado dos exames”, disse.

Amanhã, representantes da Iagro, Superintendência e Mapa voltam a se reunir na Superintendência. Durante o encontro, além de definir um parecer sobre a existência da doença, deverão ser estabelecidas medidas para flexibilizar ou endurecer as medidas de controle sanitário na região. Mas a tendência é de que as barreiras sanitárias continuem nos três municípios.

O local é considerado pelo superintendente José Antônio Felício como de difícil controle por possuir assentamentos rurais e aldeias indígenas. Ele disse que produtores rurais da região fazem pressão para que seja estabelecido o fim da barreira sanitária, mas acredita que, “na dúvida, é melhor ser conservador”.

Felício descartou a possibilidade de estender a barreira sanitária para outros municípios e disse ainda que não nenhum animal apresenta manifestação clínica da doença. Até agora, 35 mil animais foram sacrificados.