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Surf: para cada onda e biotipo, uma prancha

Portal Educação Física - 26 de fevereiro de 2016 - 11:00

Com a notoriedade conquistada pelos surfistas brasileiros Gabriel Medina e Adriano Souza (o mineirinho), o surf no Brasil está mais em alta do que nunca, levando a divulgação e maior popularidade do esporte para todas as idades de diferentes classes sociais, que é atestada especialmente pelo aumento de interesse nas escolas de surf.

Mas, o que poucas pessoas sabem é que tão importante quanto aprender a surfar é acertar na escolha da prancha, já que ela é a ferramenta essencial para o bom desempenho sobre as ondas.

Como explica Tiago Corrêa, shaper e diretor da Reaction Surfboards, não há uma prancha padrão, mas de diversos tamanhos, formatos e materiais, que devem ser desenvolvidos de acordo com cada necessidade e modalidade, seja para o surfista iniciante ou profissional. “Quando pensamos em iniciantes, a orientação é por pranchas maiores, mais largas e mais espessas, contribuindo para a maior estabilidade e para facilitar o remar, levantar e dropar (descer a onda da crista até a base) a onda”. Além disso, ele acrescenta a atenção quanto ao peso da pessoa, que deve ser sempre inferior ao da prancha, para garantir a melhor flutuação e estabilidade em cima da prancha.

“Geralmente, uma prancha pode ser produzida com blocos de poliuretano e EPS (isopor), mas o que vai definir a escolha do material é o objetivo, pois um modelo de isopor favorece a flutuação, sendo mais indicada para longborad, por exemplo. ”

Quanto ao desenho da prancha, Tiago explica que ela pode ser mais arredondada ou ter bicos. “Dependendo do tipo da prancha, um bico maior área agrega sustentação e facilita a entrada nas ondas, com mais estabilidade. No entanto, ele não é indicado para quem deseja realizar manobras. Por isso, as pranchas dos surfistas profissionais não têm o bico arredondado”.

Já para o fundo das pranchas, para as famosas rabetas, há de diversos tamanhos e cortes, que vão depender do tipo de onda que o surfista vai pegar. Os modelos mais comuns são os em ‘v’, o full concave e o double concave.

Confira as pranchas mais comuns:

Longboard: São as pranchas grandes, indicadas para iniciantes.

Gun: Com um tamanho grande, porém o contato com a água é menor que a longboard, sendo indicada para quem deseja fazer manobras em ondas grandes.

Funboard: É tida como a melhor opção para os iniciantes. Um pouco menor que a longboard, ela mede em torno de 7” e é conhecida por garantir a estabilidade e ainda possibilitar a ação de manobras.

Evolution: Lembra à funboard na largura e espessura, porém tem o formato de uma pranchinha comum, com o bico pontudo. Possibilita mais manobras que a longboard e a fun.

Performance, Minimodels ou Pranchinhas: É o modelo mais usado pelos surfistas profissionais e também por amadores que já possuem bom preparo físico e maior agilidade. É vista em quase todas as praias de surf e muito usada para ondas pequenas.

Fish: É indicada quando a opção do surfista é ter uma prancha pequena e com volumes generosos, sendo apropriada para ondas pequenas e cheias. Não funciona muito bem em ondas cavadas que necessitam de uma troca de borda rápida.

Sobre a fabricação das pranchas, o shaper explica que o produto passa por diversos processos. “Primeiro recebemos os blocos de Poliuretano e Isopor, que levamos para a máquina que faz o corte conforme o modelo desejado e projetado na tela do computador pelo programa Shape3D. Quando cortadas, eu mesmo pego a prancha e levo para o acabamento manual que, quando finalizado, segue para a arte e pintura. Após secagem, a prancha recebe as quilhas (as asas no fundo que ajudam a dar estabilidade) e o deck (apoio para o pé). Somente com os acessórios já instalados, a prancha segue para a colocação da fibra de vidro com resina, que garante a resistência e impermeabilidade do material; e é finalizada com o polimento”.

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