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Só a carne de MS e PR deve ser barrada pela Rússia

08 de agosto de 2006 - 15:25

A suspeita de novos focos de febre aftosa em Mato Grosso do Sul não atrapalha os planos do governo e da iniciativa privada de pedir a reabertura do mercado russo para a carne fornecida pelo Brasil. "Com exceção de Mato Grosso do Sul e do Paraná, os demais Estados podem receber autorização para voltar a vender para a Rússia", afirmou hoje o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Gabriel Alves Maciel. Em relação a esses dois Estados, Maciel disse que "não existe a menor perspectiva de reabertura neste momento, porque os trabalhos sanitários não foram concluídos".

Dois veterinários russos estão no Brasil desde o começo de agosto para vistoriar laboratórios, serviços de defesa sanitária e as regiões de Mato Grosso do Sul e do Paraná onde foram diagnosticados focos de febre aftosa a partir de outubro do ano passado. Só em Mato Grosso do Sul foram confirmados 33 casos da doença. Em resposta ao problema sanitário, o governo russo barrou as importações de carnes e subprodutos de oito Estados brasileiros.

Os Estados que não podem vender animais vivos, carne suína, bovina, produtos e subprodutos de carne crua de suínos e bovinos para a Rússia são Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. Em abril, o Rio Grande do Sul recebeu autorização para retomar as vendas para Moscou. Atualmente, além do Rio Grande do Sul apenas Tocantins e Rondônia estão habilitados a vender carnes para a Rússia.

Maciel contou que os veterinários russos e técnicos da Secretaria de Defesa Agropecuária terão uma reunião final na próxima segunda-feira (dia 14) na sede do Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa), no Rio de Janeiro. Hoje, a missão realiza o segundo dia de visitas à chamada "zona de risco" de Mato Grosso do Sul, que inclui parte dos municípios de Japorã, Eldorado e Mundo Novo. Os focos de aftosa foram diagnosticados nessas regiões.

Ontem, o ministério confirmou que um primeiro exame para identificação da febre aftosa realizado em bovinos de Mato Grosso do Sul mostrou o resultado "reagente" para a doença. Os animais são de fazendas localizadas na área de risco para a doença, o que, na avaliação de técnicos da secretária, é "normal". Uma segunda coleta foi feita no dia 3 de agosto e o material está sendo analisado no Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) de Porto Alegre. Os resultados dessa análise devem ser conhecidos na sexta-feira (11).



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