A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios examina na próxima semana o relatório do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) sobre as denúncias de corrupção já investigadas pela CPI, como o recebimento de mensalão, que envolvem 18 deputados federais.

O deputado Maurício Rands (PT-PE), titular da CPI, admitiu nesta sexta-feira (26), em entrevista à imprensa, que a lista "poderá ser maior". Ele não adiantou, no entanto, os nomes. Mas o nome do ex-deputado Waldemar Costa Neto, que renunciou ao mandato depois de ser acusado de receber o mensalão, também poderá constar da lista, como informou o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), em entrevista à Agência Senado. Costa Neto continua no cargo de presidente do Partido Liberal (PL).

Alvaro Dias, que também integra a CPI dos Correios, disse que discorda do procedimento adotado pela presidência e pela relatoria de submeter ao plenário da comissão, para discussão, como está previsto, o relatório dos deputados envolvidos em denúncias de corrupção.

- Seria mais lógico e ágil, como forma de ganhar tempo, que a CPI remetesse diretamente o relatório ao presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti, e este enviasse, de imediato, ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa, para que as propostas de cassação de mandatos tivessem início - defendeu Alvaro Dias, ao informar que, na presidência da CPI do Futebol, procedeu dessa maneira.

Para o senador, o envio direto do relatório à Câmara também evitaria tentativas de blindagem de alguns deputados.

Fazem parte da lista os seguintes deputados, em ordem alfabética: Carlos Rodrigues (PL-RJ); João Magno de Moura (PT-MG); João Paulo Cunha (PT-SP); José Borba (PMDB-PR); José Dirceu (PT-SP); José Janene (PP-PR); José Mentor (PT-SP); Josias Gomes da Silva (PT-BA); Paulo Rocha (PT-PA); Pedro Corrêa (PP-PE); Pedro Henry (PP-MT); Professor Luizinho (PT-SP); Roberto Brant (PFL-MG); Roberto Jefferson (PTB-RJ); Romeu Ferreira de Queiroz (PTB-MG); Sandro Mabel (PL-GO); Vadão Gomes (PP-SP) e Wanderval Santos (PL-SP).