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Sérgio Assis desmente notícias sobre audiência da pílula

Janaina Gaspar - 02 de maio de 2005 - 10:16

O deputado estadual Sérgio Assis (sem partido), autor do projeto de lei que visa proibir a distribuição gratuita e a venda do contraceptivo de emergência chamado de pílula do dia seguinte, também propositor da audiência pública realizada na última quinta-feira (28) para debater o mesmo tema, e que reuniu mais de 500 pessoas no plenário da Assembléia Legislativa, vem a público esclarecer algumas informações equivocadas que estão sendo divulgadas pela imprensa. Conforme o deputado, seu intuito em realizar a audiência foi o de debater o assunto e esclarecer a população sul-mato-grossense sobre o risco que a pílula do dia seguinte causa à saúde da mulher.

“Em primeiro lugar quero deixar claro que convidei, para participar do debate, representantes do Ministério da Saúde, das secretarias municipal e estadual de Saúde e a presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Mato Grosso do Sul, Maria Auxiliadora Budibi, entre outras autoridades. Tanto o Ministério quanto as secretarias não enviaram representantes. A Dra. Maria Auxiliadora falou diretamente comigo que não iria compor a mesa e sim participar na platéia. Uma audiência pública tem que ser realizada dentro do regimento da Casa, respeitando a ordem e a decência. Infelizmente, as manifestantes contra o projeto não tinham a menor intenção de debater, e sim tumultuar o evento. Uma prova disso é que antes de compor a mesa já fui ofendido por elas”, explicou Assis.

Ele também afirmou que não abriu os microfones para perguntas por que a platéia estava em um verdadeiro “pé-de-guerra”.

“Os defensores da matéria e os opositores - acadêmicos da Universidade Federal de MS, mais ou menos umas 30 pessoas -, já estavam a ponto de partir para agressão física. Por isso não abri os microfones, mas permiti, sim, que fossem feitas perguntas por escrito. Durante o debate, o médico Sandro Trindade Benites incitava a platéia. Depois procurou o cerimonial da Casa dizendo ser representante da Secretaria Estadual de Saúde. Devido a sua conduta pouco adequada, tive a iniciativa de ligar para o próprio secretário, Dr. Matias Gonsales Soares. Ele negou que tivesse enviado representante para o evento. Somente por isso não permiti que ele fizesse parte da mesa”, justificou.

Compuseram a mesa da audiência pública os médicos ginecologistas: Dr. Wilson Sammy, Dr. Loester Nunes, Dra. Cristiane Iunes, o médico pediatra Dr. Paulo Siufi, além de representantes de outras áreas da saúde, de entidades religiosas e estudiosos do assunto.

“Mesmo com tanta polêmica, fico feliz em saber que a pílula do dia seguinte tem sido tema de calorosos debates na maioria dos lares sul-mato-grossenses. E que mesmo os opositores da matéria, como, por exemplo, a Dra. Maria Auxiliadora, admitem que o medicamento apresenta uma série de efeitos colaterais, inclusive hemorragia. Hemorragia esta em outras palavras que pode levar ao aborto. Meu projeto é um repúdio a iniciativa do Ministério da Saúde que desde o dia 22 de março está distribuindo de forma indiscriminada esse medicamento que não é consenso no meio médico”, concluiu o deputado Sérgio Assis.

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