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Senador do PT é excluído da comissão do salário mínimo
O senador Paulp Paim (PT-RS) disse hoje que votará contra o salário mínimo de R$ 260 proposto pelo governo, mesmo que o partido feche questão nas bancadas no Senado e na Câmara. Paim disse estar ciente de que poderá até mesmo ser expulso do Partido dos Trabalhadores, como ocorreu com a senadora Heloísa Helena (Sem Partido-AL) e o deputado Babá (Sem Partido-PA).
Paulo Paim disse que, se for confirmado o fechamento de questão, seu voto será contra os R$ 260". Votarei contra qualquer projeto que venha para o Congresso que não garanta o mesmo percentual para os trabalhadores e para os aposentdos e pensionistas. Paim disse que hoje é um parlamentar movido mais por convicções pessoais, de uma atuação de 18 anos, do que partidárias.
Paim foi comunicado pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ontem à noitinha, de seu afastamento da comissão mista que examina o salário mínimo, da qual foi eleito vice-presidente. Logo depois, o senador teve um encontro com a líder do partido, senadora Ideli Salvatti (SC). Segundo reproduziu Paim, Ideli lhe disse que, por decisão das bancadas do PT no Senado e na Câmara, qualquer parlamentar do partido contrário ao salário mínimo de R$ 260 seria afastado da comissão mista.
O senador Paulo Paim disse ainda que está constrangido com a situação que foi criada pela líder Ideli Salvatti, responsável por sua indicação para participar da comissão na terça-feira (4). A justificativa do partido é que Paim não poderia ser eleito vice-presidente da comissão por ser membro da Mesa Diretora do Senado, além do fato de que o presidente da comissão, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), deveria ter como vice um deputado federal, e não um senador.
Paim informou que apresentou cinco emendas dentre as mais de 80 já apresentadas à comissão mista, todas com valores em torno de R$ 300, próximo dos US$ 100 e que, nas votações em plenário, votará sempre por um valor maior que os R$ 260 propostos pelo governo.