Agora é para valer. Às 3h35 da madrugada deste sábado (1º), o Brasil enfrenta o seu primeiro desafio na Copa do Mundo feminina de vôlei do Japão, que classifica os três primeiros colocados para os Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004. O adversário da estréia é a China, considerada forte candidata ao título da competição. A seleção feminina está no grupo B, que nesta primeira rodada da primeira fase terá ainda República Dominicana x Cuba e Turquia x Polônia. Em Tóquio, pelo grupo A, a Coréia enfrenta os Estados Unidos, a Itália encara o Egito e a Argentina tem pela frente o Japão. As melhores colocações do Brasil na Copa do Mundo foram o vice-campeonato de 95 e a terceira colocação
obtida em 99.
No treino desta quinta-feira, o técnico José Roberto Guimarães deu ênfase a algumas das possíveis jogadas que a China pode apresentar durante a partida. “Fizemos a marcação da China novamente, enfocando a velocidade, mas a maior preocupação no momento é dar regularidade ao passe em relação ao saque das chinesas. Na parte defensiva, já está tudo encaixado, mas estamos firmando mais o ataque e o contra-ataque”, diz o treinador brasileiro.

Para Zé Roberto, os jogos contras os times asiáticos serão os mais delicados. “É mais difícil enfrentar os times asiáticos, mais rápidos. A Coréia e o Japão são equipes que sempre vão dar trabalho. Sobre os outros adversários do grupo nessa primeira fase, sei pouco. A Polônia veio com um time grande, a base joga no campeonato italiano, mas conheço apenas uma jogadora. As informações que tenho são de que é um time que pode complicar não só a gente como também várias outras equipes. Da Turquia não sei nada, mas vamos filmar o seu primeiro jogo contra a Polônia para estudarmos com as meninas. E, finalmente, Cuba vem alternando apresentações boas e ruins. Realmente precisamos ficar com o pé atrás, pois não sabemos o que vem pela frente”, analisa Zé Roberto.

O fuso horário ainda é problema na seleção. “Elas não conseguiram se adequar completamente, principalmente a Érika e a Virna, que demoram mais um pouco para entrar no fuso. De resto, estamos vivendo um bom momento e vamos ver como se comporta o time nessa estréia. É um jogo chave para toda a competição”, acredita o técnico.

Zé Roberto quer esperar até o último momento para escalar o time que iniciará a partida. Nos jogos com o Hisamitsu Springs Volleyball Team, a base foi Fernanda, Bia, Virna, Érika, Walewska, Valeskinha e a líbero Arlene, mas o técnico colocou todas as jogadoras em atividade. “Tentei dar ritmo a todas. As que menos atuaram jogaram cinco sets”.