O secretário-geral do Senado, Raimundo Carreiro, enviou há pouco, para publicação no Diário Oficial, a prorrogação do funcionamento da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios. Os trabalhos, que se encerrariam em dezembro, vão agora até abril. Na noite de ontem, 68 parlamentares chegaram a retirar as assinaturas do requerimento que pedia a prorrogação e, em princípio, a continuidade da CPMI estava prejudicada.

No entanto, durante a conferência eletrônica de hoje (11), os pedidos de retirada de assinatura dos deputados Carlos Willian (PMDB-MG) e Wladimir Costa (PMDB-PA) foram indeferidos. Os dois também estavam na lista de 20 parlamentares que apoiavam a prorrogação da CPMI, entregue pelo líder do PSDB, Alberto Goldman (SP), às 23h59, ou seja, prazo limite para a apresentação de documentos em apoio ou não à contininuidade dos trabalhos da comissão.

"Vale a intenção do último requerimento apresentado. E, no caso desses dois parlamentares, o pedido de retirada de assinatura foi entregue às 23h37 pelos assessores. Já o pedido de inclusão foi apresentado às 23h59, pelo deputado Goldman", explica o secretário-geral do Senado, que chegou a conversar com o presidente da Casa, Renan Calheiros, sobre o assunto. "Informei o presidente sobre tudo. Ele disse que deveria ser a decisão da legalidade e da cronologia. Estamos apenas cumprindo o regimento."

No final das contas, o requerimento de prorrogação da CPMI dos Correios contou com 171 assinaturas favoráveis de deputados e 35 de senadores - números suficientes para garantir a ampliação do prazo final de término dos trabalhos.