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Seca: Costa Rica deve ser o 10º a decretar emergência

Fernanda Mathias / Campo Grande News - 15 de março de 2005 - 13:53

O município de Costa Rica, localizado a 330 quilômetros de Campo Grande, deverá ser o décimo a decretar situação de emergência. Ontem, às 19h30, na Escola Joaquim Faustino Rosa, houve reunião com participação de mais de 70 pessoas, entre produtores rurais, técnicos agrícolas, Sindicato Rural, Prefeitura, Câmara de Vereadores, Cooperativa de Produtores de Leite, Engenheiros agrônomos, comerciantes, pecuaristas e órgãos estaduais para reavaliar índices de percas no município e encaminhar dossiês ao Poder Executivo, solicitando decretar situação de emergência devido às perdas nas lavouras.
A principal fonte econômica do município, a agricultura com 136 mil hectares de lavouras plantadas nesta safra apresentam quebra recorde de 15% na cultura do Milho e do Algodão; 70% na cultura do Arroz e 40% na cultura da soja. Na primeira avaliação feita o milho tinha quebra de 5%, o Algodão 15%, o arroz 50% e a soja 30%. O milho saltou de 5 para 15%; o arroz de 40 para 70% e a soja, saiu de 30 para o índice de 40% de perca nas lavouras.
Costa Rica plantou 95 mil hectares de soja; 23 mil hectares de algodão; 15 mil hectares de milho e três mil hectares de arroz. A produtividade estimada da safra seria de 475 mil e 800 toneladas de grãos. Com a estiagem prolongada por mais de 35 dias em determinadas regiões os transtornos já são imediatos e a economia do município sofrerá impactos futuros.
Foram mostradas imagens da calamidade em 10 propriedades rurais costa-riquenses. Muitos ficaram espantados com o que viram. Além de problemas nas lavouras, foram apresentados dois novos: – a situação dos produtores de leite com a seca e a dos mini e pequenos produtores rurais com Pronaf de até R$ 6 mil utilizados para custear a cultura do arroz que, em algumas regiões, apresentam percas de 90% da área plantada.
Segundo a prefeitura local, o prefeito Waldeli dos Santos Rosa (PMDB) está estudando os últimos detalhes de cada dossiê apresentado para comunicar oficialmente a ocorrência da rota da seca à Defesa Civil do Estado e à Secretaria de Defesa Civil em Brasília (DF), para em seguida, decretar Situação de emergência ou de estado de calamidade pública, anexando o Avadan (Avaliação de Danos) com mapas e croquis das áreas afetadas.
Já decretaram situação de emergência Ponta Porã, Dourados, Eldorado, Paranhos, Caarapó, Amambaí, Maracaju, Vicentina e ontem Japorã anunciou que o fará.

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