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SBC e parlamentares debatem a morte súbita

SBC - 10 de dezembro de 2004 - 13:59

A Sociedade Brasileira de Cardiologia – SBC – participou na última quinta-feira, dia 09 às 10 horas, na Comissão de Seguridade Social da Câmara do Deputados, em Brasília, de uma audiência pública que tratou da necessidade de desfibriladores em locais de grande movimentação de pessoas, como aeroportos, estádios de futebol, shoppings centers, entre outros.
O coordenador do Grupo de Estudos em Ressuscitação e Emergência Cardiovascular da SBC , Manoel Canesin, foi o representante da entidade e falou sobre a campanha “Tempo é Vida”, que tem percorrido o País com distribuição de folders, vídeos informativos, palestras e treinamentos.

Manoel Canesin explica que o objetivo é treinar o maior número de pessoas para que possam socorrer as vítimas de parada cardíaca. “O leigo tem que ser preparado para utilizar um desfibrilador e aplicar os procedimentos de emergência, antes da chegada de uma ambulância”.

As doenças cardiovasculares matam 300 mil pessoas por ano no Brasil, a cada dia, 800 brasileiros morrem do coração. O mais grave é que 65% dessas mortes ocorrem subitamente. É o chamado Infarto Agudo do Miocárdio que surpreende as vítimas e os que presenciam o ataque, na sua maioria leigos, que não estão preparados para os primeiros socorros.

“A partir do momento que a pessoa sofre um ataque cardíaco começa uma contagem regressiva mortal, o paciente precisa receber uma massagem cardíaca imediata”, conta Canesin. O cardiologista explica que serão 10 minutos entre a vida e a morte. As estimativas mostram que 50% das vítimas sobrevivem se forem atendidas nos primeiros 5 minutos. A partir do sexto minuto as chances caem para 40% e assim sucessivamente, até que no décimo minuto, o paciente não terá quase nenhuma possibilidade de sobreviver.

Manoel Canesin alerta para a necessidade desse ciclo ser quebrado rapidamente. “O ataque cardíaco é uma epidemia e como tal tem que ser combatido”. A SBC está lutando para a criação de uma legislação nacional específica sobre o assunto, assim como foi feito no Paraná. A cidade de Londrina foi a primeira na América Latina a ter uma lei sobre o tema, com obrigatoriedade de levar essas informações até nos colégios. “É necessário que em todas as escolas seja ensinado como salvar um paciente que está tendo um ataque do coração”. Ele lembra que 82% das paradas cardíacas ocorrem dentro de casa e 60% delas é na presença única de uma criança ou adolescente.

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