Por uma série de razões, a maioria das pessoas está exposta, em seu cotidiano, a fatos que geram grande tensão emocional: a perda de um amor, um assalto, um acidente, um fracasso profissional, uma decepção. O que para uns pode ser apenas um problema passageiro, para outros pode levar a uma doença chamada estresse pós-traumático. O determinante, nesse caso, é a maneira como a pessoa vai interpretar a situação ocorrida. A psicóloga especialista em fobias, Adriana de Araújo, explica.


"A situação não necessariamente é uma situação ruim específica, pode ser uma interpretação de algo negativo. Então, não é, por exemplo, porque alguém foi assaltado que desenvolve o estresse pós-traumático. Mas um fato que ela interpreta como negativo – inclusive até mesmo uma situação de assalto – faz com que ela desenvolva essa situação."

Alguns sintomas do estresse pós-traumático são: sensação de mal-estar, medo, repetições de pensamentos negativos e sentimento de preocupação. Como lembra a psicóloga, a doença tem cura e o apoio da família para a recuperação do doente é fundamental.

"Fundamental o apoio familiar, principalmente para entender que situações desse tipo estão longe de serem frescura ou problemas de caráter ou qualquer outro distúrbio que não mereça atenção, pelo contrário, isso está longe de ser algo falso ou fictício, isto é realmente algo que merece apoio."

Para quem olha de fora, o sentimento de preocupação daquele que sofre com a doença parece sem motivo. Mas, na mente de quem sofre, a vida se apresenta muitas vezes como uma ameaça difícil de superar.

De Brasília, Marcelo Brito