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Sarney diz que seu cartão é "branco da paz"

Luciana Lima, Agência Brasil - 26 de agosto de 2009 - 18:40

Brasília - Depois de um início de semana agitado, com cartão vermelho, bate-boca entre senadores e nenhuma discussão de matérias, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), presidiu hoje (26) uma sessão no plenário bem mais calma.

Antes de começar a ordem do dia, chegou a fazer referência ao cartão vermelho que recebeu ontem (25), simbolicamente, do senador Eduardo Suplicy (PT-SP). “Meu cartão é o cartão branco. É o cartão da paz”, disse Sarney, ao responder um questionamento do senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

A atitude do senador Suplicy de empunhar um cartão vermelho, pedindo que o presidente Sarney deixasse cargo, teve repercussão bem humorada na reunião da Comissão de Ciência e Tecnologia, pela manhã.

Durante a discussão sobre o projeto de reforma política, o presidente da comissão, Flexa Ribeiro (PSDB-PA), usou do mesmo expediente para tentar acelerar a fala do petista, conhecido pelos longos discursos. “Senador Suplicy, acelere a sua fala, se não teremos que dar cartão vermelho para o senhor nesta comissão”, disse.

Na reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na qual os senadores aprovaram o projeto que proíbe a gratificação por participação em comissões para funcionários do Senado, a provocação teve início com o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) que, ao interromper uma fala de Suplicy, ouviu do petista. “Permita que eu possa esclarecer”. Salgado imediatamente respondeu: “Claro senador, desde que o senhor não me dê cartão vermelho, eu permito”.

O petista ainda retrucou: “Com alegria senador”, e prosseguiu a falar sobre a proposta, até ser interrompido pelo senador Demóstenes Torres, que presidia a reunião. “Se alguém quiser um cartão vermelho aqui tem. Mandaram de presente”, disse empunhando também um cartão vermelho.

A discussão da matéria prosseguiu entremeada por informações sobre as regras para o uso dos cartões no esporte. A senadora tucana Marisa Serrano (MS) ofereceu as cores de sua legenda: "Pode ser cartão azul ou amarelo". Suplicy não perdeu a oportunidade e comentou: “Me informaram que cartão azul em alguns jogos é suspensão ainda mais longa, por isso, cartão azul para o senador Wellington Santos”, disse Suplicy. O comentário de Demóstenes encerrou a discussão: “Daqui a pouco teremos aqui o cartão rosa”.

O clima de hoje no Senado contrasta com a tensão provocada pelo petista Eduardo Suplicy, ao discursar, ontem, da tribuna do plenário, empunhando um cartão vermelho para Sarney, que não estava presente. Aos gritos Suplicy citou o desgaste sofrido pelo Senado diante das denúncias de corrupção que foram aquivadas pelo Conselho de Ética.


A atitude de Suplicy em pelnário deu início a um bate-boca com o sendor Heráclito Fortes (DEM-PI), que sugeriu ao petista que apresentasse o cartão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem considera responsável pela crise na Casa. “Lula invadiu o campo do Senado e deu cartão amarelo para o líder do seu partido”, disse Heráclito ao se referir ao senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que chegou a anunciar, na semana passada, que iria entregar a liderança, mas voltou atrás.







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