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Geral

São Plácido e São Dionísio

Redação - 05 de outubro de 2019 - 09:00

Segundo São Gregório Magno, São Plácido foi um monge beneditino, filho de um patrício romano que o entregou, ainda menino, a São Bento, no Monte Cassino, para que esse o educasse. Mais tarde, tendo recebido uma propriedade em Messina, Plácido deixou o Mosteiro e seguiu para Messina, a fim de construir no local um mosteiro e uma igreja. Às vésperas da dedicação da igreja, estando tudo pronto para a celebração, logo após a oração das matinas e no exato momento em que os monges se dirigiam para suas celas, corsários pagãos invadiram o convento. Os monges foram submetidos a cruéis torturas, mas apesar do sofrimento e da dor, permaneceram firmes na fé. Plácido, que era o que mais animava e confortava os companheiros, teve os lábios cortados, a língua arrancada e por fim foi decapitado juntamente com os outros.

São Dionísio, o areopagita, foi um dos poucos atenienses que acolheram a pregação de São Paulo. São Dionísio foi bispo de Alexandria de 247 a 264, no tempo das perseguições movidas contra os cristãos por Filipe, o Árabe, por Décio e Valeriano. Sob o império de Décio, ele esteve a ponto de ser preso, mas após quatro dias de intensa busca por parte dos soldados romanos, ele foi encontrado tranqüilo e seguro em sua casa de onde não havia saído, mas onde sequer pensaram em procurá-lo. Quando decidiu fugir, foi preso, porém uma multidão de camponeses em festa, o libertou. São Dionísio dirigiu a famosa Escola de Alexandria, contudo, apesar de ter sido um fecundo escritor, dele chegaram até nós apenas duas cartas e pedaços de outras, sobre normas disciplinares na Igreja. Ele deixou também um importante escrito sobre a doutrina da Santíssima Trindade.

Hoje São Plácido e São Dionísio, duas pessoas que viveram em épocas e contextos distintos, e que apesar das dificuldades e perseguições permaneceram firmes na opção por Jesus, se unem para dizer-nos que hoje não é diferente e é o próprio Jesus que adverte: “Se eles me perseguiram, perseguirão a vocês também” (Jo, 15,20). Em todos os tempos e épocas, sempre que a proposta do Evangelho, baseada na fraternidade e na justiça, for de encontro aos interesses dos que querem manter seus privilégios e implantar suas ideologias para subjugar e dominar o irmão, haverá corsários e imperadores empenhados em perseguir, caluniar e destruir os que anunciam a boa Nova do Reino. Uma coisa contudo é certa: A perseguição pode ser voraz e cruel, porém maior e totalmente fiel, é a promessa daquele que garantiu que estaria conosco até o final dos tempos.

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