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São Bento

Redação - 11 de julho de 2019 - 09:00

São Bento, o padroeiro principal da Europa, o fundador da Congregação dos Beneditinos e pai dos monges do Ocidente, nasceu em Úmbria, Itália, cerca do ano 480. De família nobre, bem jovem foi enviado para estudar em Roma. Queria ser advogado, porém desiludido com o clima de leviandade e imoralidade reinante em Roma e, aspirando ideais mais nobres e altos, abandonou a cidade e foi para o monte Subíaco onde durante alguns anos viveu entregue a uma vida de oração e penitência. Foi durante esse período, na solidão do monte Subíaco, que ele escreveu a Regra dos Mosteiros para os 12 mosteiros que ali nasceram à sua volta, tendo cada um deles um superior e autonomia própria. Com o objetivo de resguardar a paz na comunidade, vez que os monges se mostravam insatisfeitos com a disciplina religiosa que lhes era imposta, São Bento, voluntariamente deixou a comunidade e foi para Nápoles onde, ao pé do Monte Cassino, erigiu o Mosteiro que foi o berço e o centro da Ordem Beneditina. Inspirado nas Sagradas Escrituras, nas obras dos Santos Padres e na Regra de São Basílio, ele escreveu uma Regra tão cheia de sabedoria, espiritualidade e sensibilidade histórica, que após 200 anos já havia se espalhado por toda a Europa e serviu de inspiração para as Regras de outras ordens religiosas que surgiram depois. Com moderação, esforço e equilíbrio, os mosteiros beneditinos foram, durante 1500 anos, o centro da renovação litúrgica, dos estudos, da oração e do trabalho da Igreja. Adepto das coisas claras e concretas, São Bento tomou como emblema monástico da Ordem Beneditina a cruz e o arado. A síntese da Ordem Beneditina é: “Orar e trabalhar, Contemplar e Agir”. São Bento é considerado o padroeiro principal da Europa. São Bento morreu por volta do ano 547.

Para o mundo de hoje, carente de limites e parâmetros, desejoso de estabelecer um equilíbrio entre a cruz e o arado, entre a vida solitária e a comunitária, São Bento, cuja Regra revolucionou a vida das primeiras comunidades monásticas, e foi-se convertendo, ao longo dos séculos, numa fonte de inspiração e orientação de vida não somente para os beneditinos, mas para todos os cristãos, oferece algumas reflexões: Somos um, mas não somos únicos. Para nos realizarmos como pessoa, é essencial que busquemos estar a sós conosco e com Deus, não para nos refugiar numa espiritualidade solitária, egoísta e vaidosa, onde não há lugar para as coisas do irmão e do mundo, mas para descobrir o valor e o sentido da espiritualidade comunitária e do compromisso com o ser humano e o mundo que o cerca.

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