Os jogadores do Santos já sabem o que fazer para contar novamente com a Vila Belmiro como aliada no Campeonato Brasileiro. O segredo para vencer o próximo jogo em casa, contra o Flamengo, neste domingo, é ter paciência.

“Isso é fundamental. Às vezes, os torcedores cobram que o time vá para cima, mas não precisamos de pressa. Quantos jogos, no ano passado, não ganhamos no final?”, comentou o goleiro Fábio Costa, apoiado por Alessandro. “A torcida perde a paciência quando o time toca demais a bola, mas é preciso ter calma para aproveitar a melhor oportunidade”, reforçou o lateral-direito.

Para os atletas, o ritmo cadenciado do Santos na Vila Belmiro é provocado pelos adversários, que sempre utilizam estratégia defensiva. “É complicado justificar derrotas em casa para dois times [América-RN e Náutico] da zona de rebaixamento. Mas é verdade o que o pessoal fala: não tem mais bobo no futebol”, recorreu ao chavão Fábio Costa. “Assim como eles, o Flamengo também deverá jogar fechadinho na Vila Belmiro. Ninguém se expõe contra o Santos aqui”, acrescentou.

Alessandro aponta até que o técnico Wanderley Luxemburgo utilizou dessa mesma estratégia na vitória sobre o Atlético-MG, no Mineirão. “Se analisarmos direito essa partida, veremos que é difícil jogar contra uma equipe bem postada na defesa. O Mineirão é grande e, mesmo assim, eles não encontraram espaços. Precisamos ter paciência para nos encontrarmos em casa”, repetiu.

No Campeonato Brasileiro de 2006, ao contrário, a Vila Belmiro era o grande trunfo do Santos. O time só não disputou o título pelos pontos perdidos fora de casa. Neste ano, os tropeços como mandante o deixaram na décima terceira colocação, com 21 pontos, mais distante dos primeiros colocados. “Temos que voltar a jogar bem em casa contra o Flamengo. Essa partida é importante para nossas pretensões”, avisou Alessandro.

Da mesma maneira que perdeu para equipes de menor expressão na Vila Belmiro, no entanto, o Santos já derrotou o líder Botafogo em seu estádio. “Jogar contra uma equipe que se expõe mais facilita”, lembrou outra vez Fábio Costa.