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Geral

Santo André Kim e companheiros

Redação - 06 de maio de 2019 - 09:00

Hoje a Igreja, e de modo especial a Igreja na Coréia, celebra a memória de André Kim e seus companheiros, todos mártires. O Evangelho de Jesus chegou às terras coreanas, através de livros trazidos da China. Inicialmente a intenção dos coreanos era fazer uma pesquisa intelectual sobre a verdade da Palavra de Deus, mas terminaram se convertendo e reconhecendo Jesus como o Cristo Ressuscitado e Salvador do Mundo. Em 1784 eles enviaram a Pequim uma pessoa da comunidade, e lá ela foi batizada. Dessa boa semente nasceu a primeira comunidade cristã em terras coreanas, uma comunidade “sui generis”, porque a única na história da Igreja fundada inteiramente por leigos. Essa comunidade, apesar de jovem e inexperiente, resistiu bravamente às dificuldades e perseguições, tendo no período de 50 anos tido a ajuda de apenas dois padres que vieram de Pequim, para orientá-la e assisti-la. Era uma comunidade orante que buscava viver o amor fraterno, não fazia distinção de classes sociais, incentivava as vocações religiosas e procurava, cada vez mais, uma união com o Bispo em Pequim e até com o Papa, na distante Roma. Somente em 1836 chegaram à Coréia os primeiros missionários franceses. Alguns destes se encontram entre os mártires que foram, juntamente com André Kim, canonizados pelo Papa João Paulo II em seis de maio de 1984, quando de sua histórica visita à Coréia, para celebração dos 200 anos de cristianismo em terras coreanas. Os mártires foram em número de 103, a maioria nascida na Coréia, sendo 11 padres e 92 leigos, com idades entre 13 e 72 anos. Entre eles, homens e mulheres, sacerdotes e leigos, crianças e adultos, pobres e ricos, nobres e gente do povo que deram a vida pela causa do Evangelho de Jesus.

Embora haja ainda quem diga que não é papel da Igreja opinar sobre questões econômicas, sociais e políticas, e que a sociedade estaria melhor se os cristãos se limitassem a rezar, Santo André Kim e seus companheiros mártires que não vacilaram em entregar a vida pela evangelização da Coréia, nos pedem uma reflexão sobre o papel e o lugar do leigo na Igreja e no mundo. Hoje, mais do que nunca, a Igreja precisa de um laicato forte e organizado, de homens e mulheres imbuídos do espírito do Evangelho, que não tenham medo falar de Deus e com bastante coragem para viver no mundo da família, do trabalho, da educação, da saúde e da política, a política do serviço, da fraternidade e do bem comum.

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