Dois parapsicólogos devem visitar neste fim de semana a imagem de Nossa Senhora de Fátima, que desde dia 16 de maio verte mel, em uma casa de Campo Grande. Conforme o padre Adailton Miorin, esta ainda não é uma ação da comissão de religiosos e representantes da ciência que a diocese de Campo Grande deve formar para estudar o fenômeno. “A comissão ainda não foi formalizada. Será apenas uma primeira visita de dois parapsicólogos católicos”, afirma. Segundo o padre, após a visita, deve ser realizada uma reunião, e, se verificada necessidade do estudo, serão definidos os nomes da equipe.
À margem de explicações, se o fenômeno é um milagre ou se enquadra em conclusões científicas, a fé leva centenas de fiéis à casa da família proprietária da imagem de Nossa Senhora de Fátima. Apesar do endereço não ter sido divulgado, o local é, constantemente, ponto de oração para devotos.
Resultado de teste realizado em um laboratório da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), a pedido do grupo Correio do Estado, apontou que o líquido é mel de abelha, inclusive com a presença de pólen. Contudo, o mecanismo que faz a imagem de 50 centímetros verter mel pela face ainda é desconhecido. Um motivo que faz a família acreditar em milagre é a cura recente do dono da casa de uma doença grave, o câncer.
O padre Adailton reforça que a igreja católica adotou uma postura cautelosa, porém acompanha o caso com atenção. “Representantes da arquidiocese sempre realizam visita à imagem”, enfatiza. O bispo dom Vitório Pavanello ainda não foi ao local.
Quevedo – Em entrevista ao Campo Grande News, o diretor do Centro Latino Americano de Parapsicologia, o padre jesuíta Oscar Quevedo, afirmou que a santa verter mel não é um milagre. Segundo ele, o caso é um aporte, fenômeno inconsciente em que uma substância pode se transferida de um lugar a outro.