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Santa Joana de Aveiro

Redação - 11 de maio de 2019 - 09:00

 Joana de Aveiro era filha de Dom Afonso V e de sua mulher, dona Isabel. Nasceu no dia seis de fevereiro de 1452 e era a herdeira do trono de Portugal. Como era muito bonita, muito cedo vários pretendentes se apresentaram com o desejo de desposá-la, mas a todos ela recusou. Tinha 15 anos de idade, quando a mãe morreu, e a pedido do pai passou a assumir o governo da casa. Desde cedo Joana mostrou mais inclinação para servir ao Reino de Deus do que para reinar na terra. Obrigada pelo cerimonial a participar das festas da Corte, por penitência, usava um cilício e túnicas ásperas e grossas por baixo das roupas e jóias finas. Joana dormia no chão e jejuava constantemente, principalmente às sextas feiras, quando passava a pão e água. Tinha uma particular predileção pelos pobres a quem dedicava seu tempo e sua atenção e dava ajuda e proteção. Segundo o costume da época, todos os príncipes deviam ter uma divisa. A dela era uma coroa de espinhos. Após obter o consentimento do pai, ingressou no convento de Odivelas e em seguida foi para o Convento de Jesus de Aveiro, onde recebeu o hábito de noviça. No convento exercia os trabalhos mais humildes, rejeitava qualquer tipo de privilégio e não se cansava de fazer penitência pela conversão dos pecadores. Em 1479 o país foi assolado por uma peste, e o rei preocupado com a saúde e a vida da filha, ordenou que ela saísse do convento de Aveiro e fosse para Alentejo onde a peste não havia se manifestado. Joana obedeceu, mas após 11 meses, tão logo o perigo passou, ela voltou para Aveiro. Em 1481 perdeu o pai e em 1489 adoeceu. Santa Joana de Aveiro morreu em 1490, vítima de dolorosa enfermidade. Em quatro de abril de 1693, ela foi beatificada pelo Papa Inocêncio XII. Após a beatificação, D. Pedro II mandou construir um túmulo luxuoso para onde foram trasladados seus restos mortais e onde se encontram até hoje. Em cinco de janeiro de 1965, o Papa Paulo VI a declarou santa.

No mundo de hoje onde as luzes dos shoppings, o barulho das festas e a febre de poder continuam seduzindo e encantando, Santa Joana de Aveiro, uma jovem que teve um reino a seus pés, mas que preferiu servir ao Reino de Deus e, a Deus nos mais pobres e carentes, nos lembra que reina mais e melhor quem mais se coloca a serviço dos menores da sociedade, quem assume as lutas contra as injustiças que ferem e levam o povo ao sofrimento e à morte.

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