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Santa Apolônia

Redação - 09 de fevereiro de 2019 - 09:00

Santa Apolônia, também conhecida como Santa Apolina, era egípcia e viveu no século III da era cristã. Durante o reinado do imperador Filipe, o Árabe, houve uma trégua nas perseguições aos cristãos, e estes puderam gozar de um tempo de relativa paz. Entretanto no último ano do reinado de Filipe, surgiu repentinamente um movimento contra os cristãos, provocado por um adivinho alexandrino, um charlatão e falso profeta que, interessado em roubar os bens pertencentes aos cristãos, instigou a população contra eles. Os pagãos se lançaram sobre as casas dos cristãos, saqueando, destruindo e roubando objetos preciosos. Foi durante esse movimento que Apolônia, uma senhora de cerca de 40 anos de idade, mulher de caráter forte e de fé firme e segura que havia intimamente se consagrado a Deus, perdeu a vida. Uma multidão enfurecida quis forçá-la a adorar e prestar sacrifícios aos deuses. Os fanáticos cortaram-lhe os seios e lhe deram um tão grande número de pancadas na boca que todos os seus dentes se quebraram. Por fim, levaram-na para fora da cidade, acenderam uma grande fogueira e ameaçaram queimá-la viva, caso ela não renunciasse à fé em Jesus Cristo. Concederam-lhe algum tempo para refletir. Ela aceitou esse tempo durante o qual pediu forças a Deus e depois, com muita serenidade, dirigiu-se para a fogueira, terminando sua existência consumida pelas chamas. Contam que naquele momento toda a população silenciou e que muitos se converteram. O relato desses acontecimentos, ocorridos no ano 249, consta de uma carta escrita pelo bispo de Alexandria, São Dionísio, que também chegou a ser preso para ser martirizado, mas foi resgatado por um grupo de cristãos. O culto a Santa Apolônia logo se espalhou, tanto pelo Oriente, como pelo Ocidente e, por ter tido todos os dentes arrancados durante o suplício, tornou-se a padroeira dos dentistas e de todos aqueles que sofrem de dores de dente.

Hoje, em nossa sociedade onde mesmo passados tantos séculos, as perseguições e guerras em nome da religião continuam fazendo vítimas, Santa Apolônia que enfrentou, com profunda convicção cristã, as incompreensões do todo poderoso Império Romano e que, por causa de sua fidelidade a Jesus Cristo, morreu queimada numa fogueira, nos convida a uma compreensão cada vez mais profunda das exigências do Evangelho, e a queimar, não as pessoas, mas tudo aquilo que as divide, que causa desunião, que gera conflitos e guerras.

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