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Geral

Safra nacional de trigo recua e preocupa indústrias

Acrissul - 11 de julho de 2005 - 14:34

Após duas safras de 5,85 milhões de toneladas, a produção nacional de trigo recua para 4,77 milhões de toneladas neste ano. Esse número é uma resposta do produtor aos baixos preços recebidos desde a colheita, ocorrida em setembro do ano passado.

Após perder na comercialização do trigo, os produtores voltaram a ter renda bem menor nas vendas de soja, que também teve forte queda nos preços internos, devido ao recuo da commodity na Bolsa de Chicago (EUA).

Com isso, o produtor entrou descapitalizado nesta safra de inverno e reduziu a área plantada. No Paraná, líder na produção, a queda da área é de 8%. No Rio Grande do Sul, segundo maior produtor, a redução é de 29%.

Com base nessa redução de área --e desde que não ocorram sérios problemas climáticos daqui para a frente--, a Conab espera safra de apenas 4,77 milhões de toneladas neste ano, número que assustou a indústria.

"Esses dados são preocupantes. Esperávamos pelo menos 5 milhões de toneladas", diz Lawrence Pih, do moinho Pacífico. Se for confirmado esse volume, vamos ter de importar mais. E os problemas não param por aí, segundo o empresário.

A Argentina, tradicional fornecedor do Brasil nos períodos de baixa produção por aqui, também está com problemas. O plantio atrasou por lá e a safra pode ficar entre 13 milhões e 14 milhões de toneladas, abaixo dos 15 milhões previstos.

A redução nacional em 1 milhão de toneladas e a da Argentina em algo
próximo de 2 milhões pode fazer falta. A oferta dos dois países cairia para 17 milhões de toneladas, contra o consumo de 15,5 milhões a 16 milhões de toneladas. O consumo brasileiro fica próximo de 10 milhões de toneladas.

A boa notícia para as indústrias e para os consumidores é que os números do governo do Paraná indicam colheita superior à da Conab. Enquanto o órgão federal prevê 2,8 milhões de toneladas para o Estado, o Deral (órgão da Secretaria de Agricultura do Paraná) prevê 3 milhões de toneladas.

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