Dirigentes do grupo Margen estiveram em Brasília na semana passada reunidos com representantes do Ministério do Trabalho para discutir propostas que consigam reverter o desemprego de quase três mil empregados dos frigoríficos de Paranaíba, Batayporã, Naviraí, Coxim e Três Lagoas – os trabalhadores desses dois últimos municípios entrariam em aviso prévio a partir de 22 deste mês.
“Todos os prédios, exceto o de Batayporã, são alugados e estariam prontos para ser entregues. Mas temos esperança de reverter o quadro”, declarou o presidente do sindicato dos trabalhadores nas indústrias de alimentação e afins de Mato Grosso do Sul, Antônio César.
Também estiveram presentes integrantes da DRT (Delegacia Regional do Trabalho), do MPT (Ministério Público do Trabalho), da confederação, federação e sindicato, que representa o setor.
O presidente da federação, Rinaldo de Sousa Salomão, revelou que espera esta semana uma posição do frigorífico. Duas propostas foram discutidas em caso de demissão dos funcionários: auxílio para cursos de qualificação e aumento de dois meses no seguro desemprego dos trabalhadores, incluindo os das cidades de Eldorado e Iguatemi - afetadas pela febre aftosa.
De acordo com Salomão, o grupo solicitou cartas de crédito do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) para ajudar a escoar o produto, que está impedido de ser exportado para vários países por conta da aftosa.
O administrador do grupo Margen, Adalberto José da Silva, disse que o governo ainda não enviou resposta sobre o pleito. Ele reforçou que até o momento, está mantida a decisão de encerramento das atividades nas unidades do grupo. “A não ser que surja alguma novidade”, ressaltou.