O presidente do Senado, Renan Calheiros, e o ministro da Articulação Política, Aldo Rebelo, reuniram-se ontem para buscar uma solução para o impasse em torno da medida provisória nº 232, que aumenta o Imposto de Renda de produtores rurais (vendas de produtos e comércio de insumos agrícolas) de 1% para 1,5%, e aumenta a base de cálculo da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) de prestadores de serviços de 32% para 40%.

Na semana passada, Renan chegou a recomendar ao governo que retirasse a MP 232 do Congresso Nacional. O ministro Aldo Rebelo disse que, no momento, essa hipótese não está sendo considerada pelo governo.
- Estamos buscando o caminho da negociação. Enquanto os caminhos da negociação não forem completamente esgotados, não podemos ter um prognóstico sobre o desfecho da MP 232 - afirmou.

O ministro acrescentou que o governo persistirá na negociação com os líderes da base, com o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti, e com os líderes da oposição.

Renan Calheiros disse que a aprovação da MP 232 no Senado é muito difícil.

- É importante que evolua a negociação, que as perdas de alguns setores sejam minimizadas. Se isso não acontecer, será difícil a aprovação - afirmou.


Ele voltou a insistir na retirada da MP no caso das negociações não evoluírem e lembrou que uma vez que a MP não está em vigor, o governo terá mais tempo para encontrar uma saída que não prejudique setores e não provoque o desequilíbrio fiscal.