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Geral

Renan Calheiros é contra a verticalização na reforma

Agência Senado - 05 de maio de 2005 - 14:52

Em entrevista na manhã desta quinta-feira (5), o presidente do Senado, Renan Calheiros, disse que é contrário à verticalização eleitoral e também ao modo pelo qual vem sendo feita a discussão do assunto dentro da reforma política. Segundo ele, a discussão sobre verticalização tem que ser conseqüência da reforma política e não pressuposto dela. A verticalização é um instrumento que obriga os partidos com coligações para a eleição presidencial a repetirem a mesma aliança em níveis nacional, estadual, distrital ou municipal.

- Eu sou contra a verticalização, mas acho que ela tem que ser conseqüência da reforma e não pressuposto dela. Nós fizemos aqui um acordo de procedimento com alguns partidos para que a gente tente derrubar a verticalização e colocá-la na horizontal - explicou.

O presidente do Senado também anunciou que, na próxima semana, haverá uma nova reunião com os presidentes dos partidos para uma conversa sobre a reforma política como um todo. E reclamou:

- O problema é que a verticalização está na ordem do dia. Nós temos que começar por ela inevitavelmente. Então há o esforço de todo mundo para derrubá-la porque, como conceito, é interessante, mas tinha que ser conseqüência da reforma e não pressuposto.

Sustentação

Na mesma entrevista o presidente do Senado falou sobre a recondução do deputado Michel Temer à presidência nacional do PMDB. Aos ser questionado por jornalistas, Renan disse que o importante é que o PMDB "continue na governabilidade, na sustentação congressual, porque o partido é insubstituível nisso".

Na opinião do presidente do Senado, a recondução de Temer foi apenas uma circunstância ocorrida no âmbito da recondução dos diretórios do partido. Ela não significa, portanto, como explicou, a perda de espaço dos aliados no governo. Para Renan, fundamental é manter a governabilidade.

- A governabilidade tem que acontecer em torno do interesse do país. Seria apequenar os fatos pensar apenas no interesse do partido circunstancial, imediato... Tem que pensar no interesse do país. O PMDB é insubstituível na governabilidade e seria impatriótico o partido não priorizar a sustentação congressual, já que é a maior instituição partidária do Congresso - disse.

O senador disse ainda que, até por ocupar-se muito com as atividades inerentes à presidência do Senado, não acompanhou detalhadamente essa eleição. "Não sou mais da executiva, sou presidente do Senado. Agora, se o PMDB vai ou não fazer aliança eleitoral com o PT ou com qualquer outro partido, essa é uma decisão que o partido vai tomar mais adiante, provavelmente em maio ou junho", adiantou.

O presidente do Senado ressaltou também que não trabalhou nem acompanhou a eleição de Temer, até porque a convocação para sua realização se fez de um dia para o outro. "Claro que sou partidário, vou continuar sendo, mas o meu papel como presidente do Senado exige que eu tenha um pouco mais de amplitude, porque sou presidente dos senadores de todos os partidos", lembrou.

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