A partir de terça-feira (31), os remédios ficarão até 5,9% mais caros. Para evitar a remarcação de preços, o consumidor precisa ser rápido, pois as farmácias esperam comprar remédios dos laboratórios com novos preços já na primeira semana de abril.

A revista da ABCFarma (associação do setor), que serve de guia para remarcar os preços em diversas farmácias, deve chegar até o dia 5 nas drogarias. Com isso, o cliente ganha alguns dias para comprar remédios sem reajuste.

Mas, mesmo sem a publicação, as drogarias podem fazer a alteração se já receberem mercadorias com os novos preços ou se utilizarem as listas enviadas pelos laboratórios. Já nas drogarias que não fazem parte de redes, por exemplo, o reajuste pode demorar alguns dias, pois elas costumam aguardar a revista.

Nas farmácias que mantêm estoques com os preços antigos, também é possível economizar. Nas lojas da Drogaria Onofre, os genéricos não terão reajustes até o final de abril. O aumento de preços começa no dia 1º, mas 75% dos remédios manterão os preços na primeira semana.

"Alguns laboratórios deixaram de vender desde o dia 15. Os estoques baixaram, e o reajuste desses remédios chega antes", diz o diretor comercial Marcos Arede.

Em cinco farmácias da capital, os vendedores ainda não sabiam em que dia seria feita a remarcação de preços, mas aguardavam o reajuste para a primeira semana de abril. Eles informam que o reajuste não é feito em todos os tipos de medicamento de uma só vez, já que depende do dia em que a farmácia compra lotes com novos preços. O país tem 15.895 tipos de remédio, dos quais 3.678 são genéricos.

Reajuste

Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o aumento de 5,9% é o mesmo para todos os remédios. O cálculo considerou a inflação de fevereiro de 2008 a março de 2009, pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). O reajuste indica o máximo que as farmácias e os laboratórios podem encarecer os preços.