Pode parecer distante da realidade local, mas religiosos estão organizando uma vigília em apoio ao bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio. O religioso faz greve de fome há 11 dias em protesto contra o projeto de transposição do rio São Francisco. O ato religioso acontecerá amanhã, a partir das 18h, na Igreja São Francisco, em Campo Grande.

O projeto de transposição do rio São Francisco é o principal ponto da agenda estratégica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a região Nordeste. Orçada em R$ 4,5 bilhões, a obra vai desviar parte das águas do rio para regiões do semi-árido nordestino mais afetadas pela seca.

O assunto é controverso e divide opiniões de políticos, de ambientalistas e, agora, da igreja católica. Em síntese, a obra agrada aos moradores dos estados que devem receber a água do rio e preocupa quem vive na Bahia, principal afetado, por causa da possibilidade de uma redução muito severa do volume do São Francisco.

O presidente enviou o ministro Jacques Wagner (Relações Institucionais) para Cabrobó (BA) para conversar com o bispo em jejum.