A adequação de Mato Grosso do Sul à reforma da Previdência, que em resumo significa contribuição de 11% por parte dos servidores da ativa e taxação dos inativos que ganham acima de R$ 2.506,00, vai render mensalmente R$ 1,2 milhão aos cofres estaduais.
Ainda assim, segundo o secretário estadual de Gestão Pública, Ronaldo Franco, o déficit previdenciário mensal de Mato Grosso do Sul ficará em R$ 5,2 milhões. Ou seja, a reforma vai estancar 18,7% do problema.
Atualmente, o governo paga 20% sobre o valor da folha de pagamento e os servidores 10%. Mesmo assim, o déficit é de R$ 6,4 milhões mensais.
Franco lembra que a reforma da Previdência entrou em vigor há um ano, mas o governo estadual esperou uma decisão judicial definitiva sobre a questão, o que aconteceu somente em setembro de 2004. Essa espera significou perda de algo em torno de R$ 14 milhões, conforme avalia o secretário.
A curto ou médio prazo, não há medida capaz de estancar definitivamente o déficit previdenciário de Mato Grosso do Sul. O ideal, lembra Franco, seria um sistema que conseguisse sobreviver sem precisar de complemento de verbas.