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Recordando Jorci Barbosa da Silveira, por Manoel Afonso

Manoel Afonso - 28 de dezembro de 2017 - 21:52

Recordando Jorci Barbosa da Silveira, por Manoel Afonso

Que final de ano! Primeiro o Natal, agora o Jorci. Minha ligação com essa família talvez explique a coincidência na minha última viagem à Cassilândia. Passei na casa do Natal para saber o caminho até a chácara do Jorci. Falamos rápido e ele alegre como no encontro anterior em Campo Grande - por mera casualidade - onde questão de descer do carro para um abraço amigo. Marcou. Não me esqueço das nossas viagens ao sabor dos ventos, bons e ruins. Tranquilo sempre achava uma brecha ou saída. Um craque.

Quanto ao Jorci também sempre fui próximo, buscando conselhos e opiniões sobre negócios no universo rural. Ele ao seu estilo sóbrio que muitos confundiam com sisudez ou algo parecido. No fundo não era o cidadão sistemático que podia parecer. Jorci era acima de tudo justo, correto na postura social e uma baita chefe de família.


Estivemos juntos na diretoria do Cassilândia Tenis Clube. Jamais tomou uma decisão sem consultar os companheiros. Ganhou a admiração e respeito dos associados e da própria comunidade como gestor.


Tenho na memória muitas imagens do amigo Jorci. Aqui apenas algumas: na F4-1000 – rumo a fazenda - com o neto Rodrigo ainda de calça curta e sem camisa na carroceria de madeira; no antigo Banco Real conversando com o Pio Chavez e o Paulinho; lá no armazém do Joaquim Silva de quem gostava muito; na chácara do sogro Zico Pereira em festivas reuniões; feliz mostrando-me o piso do novo curral em paralelepípedo: de terno claro numa foto da diretoria do CTC; distribuindo lascas de aroeira para uma cerca na fazenda; carregando sacos de milho para a deliciosa pamonhada na fazenda; nos casamentos das filhas Mara e Magda; deitado na cadeira de balanço no alpendre da casa; jogando conversa fora na casa do Girotto e finalmente debilitado recostado no sofá.

Quando ele vendeu a fazenda para comprar terras no ‘Nortão’, eu pensei com meus botões e cheguei a comentar com o Girotto e outros amigos: “ Ora! O lugar do Jorci é aqui entre nós, onde tem família e prestígio”. Depois disso – por circunstâncias diversas – não estive mais com ele. Ficava sabendo dele por informações de terceiros. Fui encontrá-lo só agora recentemente. Para quebrar o gelo quando cheguei, fui logo falando para a Dina: “estou com saudade do melhor café da cidade”. Graças a habilidade do Donizethi nossa conversa fluiu razoavelmente para aquele momento.
Saí dali com o coração amarrotado e lá fora da casa dei um abraço emocionado nesta grande mulher guerreira que é a Dina. Ela entendeu minhas lagrimas. Neste final, vou resumir a trajetória do Jorci : plantou sementes, deixou pegadas, lembranças e saudades em todos nós. Jorci – um homem de bem! Um dia a gente se encontra.


Seu amigo Manoel Afonso.

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