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Radialista é morto a tiros em MS

MS Em Foco - 17 de maio de 2014 - 16:40

“As rádios de Pedro Juan Caballero, de todo o Paraguai assim como os meios de comunicação de Ponta Porã (Brasil) estão de luto devido ao ocorrido ontem (16); é triste, é muito triste e mais uma vez nós ficamos de mãos atadas, pois não sabemos o que fazer num momento como este”, essas foram as palavras do Prefeito de Pedro Juan Caballero José Carlos Acevedo, ao site Pontaporainforma, no momento em que estava dentro da casa do radialista e advogado Fausto Gabriel Alcaráz que foi assassinado por volta das 12h40min quando chegava em sua residência, no bairro Maria Vitória, nas proximidades da Rádio Mburucuya AM.

Informações dão conta que Gabriel Alcaráz era primo-irmão da esposa do senador Robert Acevedo, Zulma Icassati Acevedo.

O senador Robert Azevedo, que também foi ao local onde aconteceu o crime, procurado pelo Pontaporainforma, agradeceu a atenção da divulgação de mais um crime contra um periodista (jornalista) de Pedro Juan Caballero, mas com a voz embargada, pediu desculpas dizendo não teria condições psicológicas de fazer qualquer comentário no momento.

Fausto Gabriel Alcaráz estava no Rádio há pouco mais de 3 anos e também estava concluindo a faculdade no curso de Direito.

Radialista é morto a tiros em MS

O Crime

O radialista Gabriel Alcaráz havia terminado o programa que apresentava na Rádio Amambay 570 AM em Pedro Juan Caballero, no Paraguai e a bordo de seu veículo se dirigiu para sua residência que fica no bairro Maria Vitória. No momento em que estacionou o carro no portão, de acordo com testemunhas, percebeu que dois homens a bordo de uma motocicleta, sem placas, de arma em punho vieram em sua direção e neste momento, Alcaráz correu para dentro de sua casa, mas mesmo assim recebeu os primeiros impactos de pistola 9 mm, sendo que os seus executores entraram dentro do quintal e o executaram a alguns metros da porta da casa de sua mãe, que ao ouvir os disparos, saiu correndo e acabou encontrando o filho já caído no solo, na ânsia da morte.

O promotor de Justiça, Samuel Valdez, juntamente com a sua equipe de peritos, realizaram um minucioso trabalho para localizar as cápsulas e os projéteis que ficaram espalhadas pelo local, sendo constatado que foram 12 disparos e no local haviam cápsulas e projéteis de arma .40 e de pistola 9mm, e quase todos acertaram o corpo de Gabriel Alcaráz.

Neste momento todas as emissoras do Paraguai divulgam nota lamentando o ocorrido com este periodista (jornalista) e relembram o caso de Santiago Lequizamon, que também era jornalista em Pedro Juan Caballero e também foi assassinado na cidade paraguaia.

Seus companheiros de trabalho informaram que em nenhum momento ou dia, Alcaráz veio a reclamar que estava sofrendo algum tipo de ameaça.

O corpo de Gabriel Alcaráz foi encaminhado ao Instituto Médico Legal de Pedro Juan Caballero e em seguida levado para o local onde foi velado.

O círculo de Periodistas de Pedro Juan Caballero estará divulgando uma nota lamentando e repudiando o ocorrido.

MORTE DE JORNALISTAS ASSASSINADOS VEM CRESCENDO NOS ÚLTIMOS ANOS

Diversas entidades de defesa dos jornalistas divulgaram neste ano de 2014 relatórios que denunciam o assassinato impune de vários profissionais da imprensa pelo mundo.

Segundo o comitê de proteção dos jornalistas, Brasil, Nigéria, Somália e Paquistão são os países que registraram maiores altas nesse tipo de crime nos últimos meses. Mas o triste recorde fica para o Iraque, onde o assassinato de 93 jornalistas ficaram impune nos últimos dez anos.

Tanto no México como na Guatemala e Honduras foram registrados três assassinatos, enquanto na Colômbia e Paraguai foram contabilizados dois por país, um no Equador e outro no Peru.

Um jornalista morto a cada três dias

No ano passado, 30 jornalistas foram mortos no primeiro trimestre. No ano inteiro, foram 129 mortes. Entre 2009 e 2013, foram 609 mortes registradas, uma média de um jornalista morto a cada três dias. Mais de 400 dessas mortes foram concentradas em apenas 10 países, incluindo o Brasil, que registrou 28 mortes de jornalistas, sendo o oitavo país mais perigoso no mundo para essa profissão.

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