Não existe um número certo de cocôs por dia para o recém-nascido, já que a natureza de cada criança determina o que funciona bem ou não para o seu corpo. Tem recém-nascido que chega a fazer até oito cocôs por dia, tem recém-nascido que faz um só e tem até recém-nascido que fica uns dias sem fazer.

Um dia ou outro sem fazer cocô geralmente não é causa de preocupação, desde que o bebê esteja se alimentando bem e molhando as fraldas de xixi (com seis ou mais trocas por dia). Isso é sinal de que o bebê está comendo e se hidratando de maneira adequada.

Também é bom saber que, mais que o número de dias sem fazer cocô, o que importa é o aspecto das fezes (não devem ser duras e secas) e o conforto do bebê.

Por outro lado, se seu filho começar a demonstrar desconforto ou ficar com a barriguinha parecendo inchada, talvez vá precisar de alguma ajuda para fazer cocô, e aí só o pediatra poderá dar as orientações corretas para o caso dele. Lembre-se de que bebês alimentados com fórmula de leite podem apresentar mais suscetibilidade a prisão de ventre do que bebês que mamam leite materno.

Nos primeiros dias de vida, o cocô do bebê geralmente é grosso e esverdeado (confira nossa galeria de fotos do cocô para tirar todas as suas dúvidas) devido à presença de uma substância chamada mecônio que sobrou no intestino do bebê da fase de gravidez. À medida que o bebê começa a se alimentar e fazer cocô, ele termina de expelir o mecônio e o cocô torna-se bem amarelado.

Agora, não se espante se o cocô do seu filho variar bastante de cor e de frequência a cada dia. A cor do cocô depende de uma série de fatores, como, por exemplo, o que a mãe que amamenta come, o quão hidratado o bebê está ou o tipo de fórmula de leite que é usado.

"Não é incomum que bebês alimentados no peito que faziam muito cocô no primeiro mês passem a fazer bem menos a partir do segundo, chegando a intervalos de três ou quatro dias, quando finalmente evacuam fezes bem líquidas e em grande volume", observa o pediatra Fábio Picchi, integrante do Conselho Médico do BabyCenter.

Segundo o médico, "o que importa nas fezes de um bebê é a consistência e não a frequência das evacuações".