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Próstata: como é a biópsia da próstata? Qual é o preparo para o exame?

Abc Med - 27 de maio de 2016 - 14:00

A biópsia prostática é um procedimento através do qual se obtêm fragmentos de tecido prostático para ser estudado por um patologista. Ela é usada sobretudo quando há suspeita de câncer da próstata, levantada pelos exames clínicos e laboratoriais iniciais, como um toque retal que identifique tumoração ou irregularidades da próstata, uma dosagem aumentada de PSA ou uma ultrassonografia que detecte um nódulo suspeito.

Qual deve ser o preparo para a biópsia prostática?

É necessário um jejum de quatro a seis horas. O paciente deve estar de bexiga vazia. As medicações rotineiras não precisam ser suspensas, mas deve-se suspender por oito ou dez dias antes do exame os anticoagulantes ou medicações que interfiram com a coagulação sanguínea, como o ácido acetilsalicílico (AAS), por exemplo. Antibióticos devem ser tomados profilaticamente, conforme orientação médica. Um preparo intestinal, por via retal, deve ser feito três horas antes do exame, conforme orientação médica. Ele visa fazer o esvaziamento e lavagem da ampola retal, o que favorece em muito o exame. O paciente deve ir ao exame acompanhado, porque em caso de receber uma sedação, pode ainda estar sob efeito da medicação quando terminar o procedimento e não deve dirigir veículos automotores ou operar máquinas e instrumentos que exijam atenção e coordenação motora.

Em que consiste a biópsia da próstata?

A biópsia da próstata pode ser realizada em ambulatório, não há necessidade de internação. Basicamente, na sua forma mais simples, consiste numa ecografia transretal da próstata, à qual se associa a coleta de fragmentos deste órgão. O paciente estará acordado, deitado de lado, com os joelhos e os quadris fletidos e poderá receber uma leve sedação (que nem sempre é necessária) e anestesia local. Há mais de uma técnica para colher material para a biópsia prostática. A técnica mais comum consiste em introduzir-se uma agulha flexível acoplada a uma sonda ecográfica através do ânus, e fazê-la atravessar a parede do reto até chegar à próstata. Os outros métodos (geralmente só usados em casos especiais) consistem respectivamente em introduzir uma agulha através do períneo, no espaço entre o escroto e o ânus, ou por via transuretral, até chegar à próstata. Em todos os casos utiliza-se uma pistola de mola para disparar a agulha que deve recolher o tecido prostático. Quando a próstata for acessada através do ânus, o paciente deve estar com o reto vazio e bem limpo, para facilitar o exame e evitar infecções da próstata (prostatites) que possam surgir em razão de contaminações da próstata pelas fezes. O exame, quando feito sem anestesia (caso mais comum), pode doer um pouco, mas de maneira inteiramente suportável. Se feito com anestesia local, é totalmente indolor. Normalmente, o procedimento não dura mais do que dez minutos e o paciente pode ir para casa em seguida.

O material para biópsia é colhido em várias regiões e em lóbulos diferentes da próstata e enviado ao laboratório de patologia para exame. Geralmente são feitas de quatro a sete coletas de material. Um resultado positivo para câncer indica indubitavelmente a presença da doença, mas um resultado negativo não assegura a inexistência dela. Um câncer existente pode deixar de ser detectado se o material colhido para biópsia não logrou alcançar as células cancerosas existentes e só recolheu tecido normal. Por isso a biópsia deve sempre ser considerada com relação à historia clínica e o exame físico do paciente e pode ser repetida, se necessário.

Quais são as complicações que podem ocorrer com a biópsia prostática?

Potencialmente, a biópsia prostática pode gerar várias complicações, algumas leves, outras mais graves, mas nem sempre elas existirão. Algumas dessas complicações são uma decorrência normal do exame sendo, portanto, esperadas. Podem ocorrer infecções locais (prostatites, infecções urinárias) ou generalizadas (septicemia, hepatites, etc.); hemorragias e hematomas; presença de sangue na urina ou no sêmen; fístulas arteriovenosas; espalhamento das células malignas pela corrente circulatória, etc. Embora essas complicações não sejam muito frequentes se for seguida a técnica correta, a biópsia só deve ser feita quando julgada imprescindível.

Quais são os cuidados a serem observados após a biópsia da próstata?

A alimentação deve ser normal, conforme o hábito.
Evitar exercícios físicos extenuantes por cinco dias.
Evitar relações sexuais por dois dias, após o exame.
Evitar o consumo de bebidas alcoólicas durante o período de utilização do antibiótico.
Caso ocorra dor na região anal, o analgésico de costume pode ser tomado, com exceção da aspirina ou ácido acetilsalicílico (AAS).
Após o exame, pode ocorrer um ligeiro sangramento na urina, nas fezes, e no esperma, o que é normal.
Caso ocorra febre acima de 38° graus e/ou calafrios ou sangramentos mais abundantes, comunique-se imediatamente com seu médico.

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