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Projeto de escola procura disseminar a cultura de paz no ambiente escolar

Governo de MT - 10 de novembro de 2019 - 17:00

Um projeto interdisciplinar da Escola Estadual Estêvão de Mendonça, localizada no município de Guiratinga (a 328 quilômetros de Cuiabá), envolveu alunos e profissionais da educação com o intuito de disseminar a cultura de paz no ambiente escolar.

Durante a culminância dos trabalhos, realizada na semana passada, os estudantes mostraram o que foi aprendido, por meio de exposição oral e de apresentações teatrais, de danças e leitura de cordéis.

A diretora da escola, Isabela Bonilha, explica que a unidade escolar realiza há mais de cinco anos o projeto “Educando para a Paz”, com o intuito de promover um ambiente escolar harmonioso. Neste ano, a escola está desenvolvendo, dentro do projeto, a ação “Semeadores da paz”.

Cada sala de aula recebeu a responsabilidade de estudar a respeito de uma personalidade que contribui ou contribuiu para promover a paz no mundo. Os professores de cada disciplina estudaram temas que circundam os conflitos combatidos por cada uma dessas personalidades.

“O projeto multi e interdisciplinar contribui significativamente para o que chamamos de letramento crítico dos estudantes. É importante destacar que os nomes contemplados pelo projeto foram escolhidos de maneira que privilegiem diversos conflitos e esferas sociais”, explica.

Entre as personalidades estudadas estão Hellen Keller (importante figura na luta pelos direitos educacionais de pessoas com deficiência); Marechal Rondon (um dos criadores do Parque Nacional Xingu, pacificador e agente na luta pelos direitos dos indígenas em Mato Grosso e região); Malala (pessoa mais jovem a receber o Nobel da Paz, militante a favor dos direitos educacionais das mulheres no Oriente Médio); Irmã Dulce (religiosa católica que fez muitas ações de caridade a pessoas pobres e doentes da Bahia); Corrie Ten Boom (ajudou a salvar a vida de muitos judeus na Holanda); Nelson Mandela e Martin Luther King (ambos militantes dos direitos das pessoas negras e na luta contra o apartheid).

Na sala do 8º ano, por exemplo, os alunos estudaram a história de Corrie Ten Boom. A professora de História Liliane Xavier abordou o que é o nazismo, como surgiu, seus maiores líderes, formas de propagação e persuasão, a ideia de criação de uma raça pura, história do povo judeu, e as festas judaicas.

A professora de Geografia Roseclér Avelino falou sobre o antissemitismo e antijudaísmo e os conflitos que os envolvem. Na disciplina de Ensino Religioso ela abordou a biografia de Corrie Ten Boom.

Já na disciplina de Arte, a professora Patrícia Alves trabalhou a vida e a obra do pintor holandês Vicent Van Gogh, sua técnica de pinceladas e reprodução de telas.

Nas aulas da professora de Ciências Reudimar Rodrigues foram destacadas as experiências macabras de Joseph Mengele, que usou cobaias humanas para realizar experimentos a sangue frio.

A turma do 8º ano também participou de sessões dos filmes O menino do Pijama Listrado e O Refúgio Secreto, e de oficina baseada no livro “As últimas testemunhas”, de Svetlana Aleksiévitch (reunião de relatos de pessoas que vivenciaram a Segunda Grande Guerra durante a infância, na Bielorrússia). A oficina foi realizada pela diretora da escola, formada em Língua Portuguesa, Isabela Bonilha.

Para o momento de culminância, os estudantes apresentaram um teatro escrito pela secretária escolar, Orliane Matos, adaptado do livro “O refúgio Secreto”, de Corrie Ten Boom.

A coordenadora pedagógica da escola, Zilany Magalhães, ressaltou que todos os profissionais da escola se envolveram no projeto e colaboraram de alguma forma. A exemplo de Sandra Neves, que cuida da limpeza. Ela auxiliou na costura das roupas das meninas. O David, técnico responsável pela biblioteca, e o Sizenando, que é vigia, auxiliaram nos elementos físicos necessários ao cenário.

“É lindo ver a escola toda se envolvendo no projeto, desde os professores aos técnicos e funcionários. Sem a mão de cada um, não seria possível realizar esse trabalho. A união de todos faz a diferença”, destacou a coordenadora.

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