A produção industrial brasileira cresceu 1,6% em junho, em relação ao mês de maio. Foi o quarto aumento consecutivo neste tipo de comparação. Em relação a junho de 2004, a alta foi de 6,3%. A Pesquisa Industrial Mensal divulgada nesta sexta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica também que no primeiro semestre do ano o setor cresceu 5,0% e nos últimos 12 meses, 6,7%, taxa inferior à registrada em maio, de 7,3%.

De acordo com o Instituto, os dados confirmam que a expansão da indústria está baseada no setor de bens de consumo duráveis, impulsionado pelo crescimento da produção de automóveis, eletrodomésticos e aparelhos celulares. O segmento, segundo o IBGE, é o que mais se beneficia do aumento das exportações e da continuidade da expansão do crédito. Em junho, o setor registrou a maior taxa de crescimento, de 8,1%.

A produção de bens de capital (máquinas e equipamentos) cresceu 4,2%. Os bens intermediários (insumos) cresceram 0,9%. A área de bens de consumo semiduráveis e não duráveis (alimentos, bebidas, vestuário, calçados e medicamentos) que depende da evolução da massa salarial, cresceu apenas 0,7%.

Entre as 23 atividades pesquisadas, houve expansão em 18 na passagem de maio para junho. Os destaques foram os veículos automotores (8,0%) e material eletrônico e equipamentos de comunicação (7,1%). Os desempenhos de refino de petróleo e produção de álcool (-2,7%) e de outros produtos químicos (-2,0%) foram os de maior impacto negativo.